Flores comestíveis ganham espaço na gastronomia e na

Flores comestíveis ganham espaço na gastronomia e na agricultura do Espírito Santo, especialmente em Pedra Azul, Domingos Martins, desde 2015, devido à demanda crescente de chefs locais e de outras regiões. O cultivo é feito em um sítio que há quase duas décadas produz mais de 30 variedades para uso culinário.
Eliana Brum Magalhães, produtora e responsável pela horta, cultiva flores como margaridas, brincos-de-princesa, cravinas e amor-perfeito, que são utilizadas para decorar pratos em diversos restaurantes. Ela destaca que as flores agregam valor visual e despertam o apetite, tornando-se elementos essenciais na composição dos pratos.
As variedades oferecidas possuem sabores diversos, que vão do suave e adocicado ao levemente picante, e são comuns em saladas, sobremesas, risotos, massas e drinks. Entre as flores cultivadas, estão a capuchinha, com sabor picante semelhante ao da rúcula, e o beijo, que apresenta sabor levemente adocicado.
O sítio, que utiliza o método de hidroponia, permite a colheita frequente das flores, entre três e cinco vezes por semana. A produção atende a mais de 40 clientes fixos, incluindo distribuidoras do Rio de Janeiro e da Bahia. Além das variedades regulares, o local oferece flores sob encomenda para chefs que solicitam cores ou tipos específicos conforme a apresentação dos pratos.
Para Eliana, o cultivo vai além do aspecto comercial, pois considerar a colheita das flores como uma atividade terapêutica tem atraído a visitação de pessoas interessadas em participar do processo no sítio. A produtora também observa a popularização das flores comestíveis, que antes eram mais restritas a restaurantes finos.
No cenário gastronômico, o chefe Ari Cardoso, proprietário de um restaurante em Pedra Azul, ressalta a importância da sutileza na utilização das flores na decoração dos pratos. Para ele, o uso das flores deve ser equilibrado, considerando sabor, aroma e integração visual, com preferência por cores que contrastem com a louça para destacar a comida.
Ari cita como exemplo um prato que sempre utiliza flores: camarão VG com espaguete e molho parmentino, no qual prefere flores médias e suaves, como a beijo. Segundo ele, apesar de a maioria das flores ser comestível, nem todas são agradáveis ao paladar e o aroma pode interferir no resultado final.
Outro profissional que adotou as flores comestíveis em seus pratos é o chef Pablo Pavon, de Vitória. Ele destaca que as flores funcionam como um elemento que valoriza a estética do prato e que a escolha deve levar em conta o equilíbrio com os sabores dos alimentos, para que as flores e o prato se complementem sem exageros.
O uso das flores comestíveis no Espírito Santo vem crescendo com a colaboração entre produtores e chefs, ampliando o repertório culinário da região e oferecendo novas opções para a decoração e saborização dos alimentos.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com