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O YouTube anunciou nesta terça-feira (23) que permitirá

O YouTube anunciou nesta terça-feira (23) que permitirá
  • Publishedsetembro 25, 2025

O YouTube anunciou nesta terça-feira (23) que permitirá o retorno de criadores banidos por desinformação relacionada à COVID-19 e eleições nos Estados Unidos. A decisão da Alphabet, empresa controladora da plataforma, abrange contas suspensas sob regras agora revogadas.

A medida foi divulgada em resposta ao Comitê Judiciário da Câmara dos EUA, em uma carta na qual advogados da Alphabet ressaltaram o compromisso da empresa com a liberdade de expressão. Na correspondência, a companhia afirmou valorizar vozes conservadoras e seu papel no debate público, independentemente do contexto político.

A carta ainda destacou que o YouTube continuará a permitir a livre expressão sobre temas sujeitos a debates políticos. Até a última atualização desta reportagem, a plataforma não respondeu a questionamentos da agência Associated Press sobre os procedimentos para reintegração dos criadores.

Essa decisão acontece em um momento de aproximação de executivos de tecnologia, como Sundar Pichai, CEO da Alphabet, ao presidente Donald Trump, incluindo doações para sua campanha e participação em eventos em Washington.

A medida também representa um recuo no endurecimento das políticas de moderação de conteúdo adotadas durante a pandemia e após as eleições americanas de 2020. Plataformas de tecnologia sofrem pressão do presidente Trump e aliados conservadores, que alegam censura ilegal contra influenciadores da direita.

No ano passado, o YouTube retirou a regra que removia vídeos que afirmavam fraude generalizada nas eleições presidenciais de 2020 ou em outras disputas. Em 2024, também abandonou restrições específicas relacionadas a conteúdos sobre a COVID-19.

Desde então, temas relacionados à doença passaram a ser tratados pela política geral de desinformação médica, permitindo discussões sobre diversos tratamentos da COVID-19 na plataforma. Entre os banidos sob as regras revogadas estavam influenciadores conservadores como Dan Bongino, atual vice-diretor do FBI.

Para esses criadores, o retorno ao YouTube pode ser essencial, já que a monetização por anúncios representa uma fonte relevante de receitas.

O anúncio da Alphabet ocorre em meio a críticas de republicanos que acusam o governo Biden de pressão para moderação excessiva. O presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jim Jordan, e outros parlamentares republicanos defendem que as políticas adotadas restringiram ilegalmente a liberdade de expressão.

Na carta enviada na terça-feira, a empresa afirmou que funcionários de alto escalão do governo Biden realizaram abordagens repetidas para exigir a remoção de vídeos sobre a pandemia que não violavam as regras da plataforma. A Alphabet qualificou essas ações como “inaceitáveis e erradas” e ressaltou que combateu os esforços com base na Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

Executivos de outras empresas também fizeram alegações semelhantes. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, afirmou que o governo Biden pressionou para censurar conteúdos durante a pandemia. Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), acusou o FBI de tentativa de coação para bloquear uma reportagem sobre Hunter Biden, filho do presidente.

Em 2023, a Suprema Corte dos EUA deu vitória ao governo Biden em um embate com estados republicanos sobre os limites do poder federal para combater publicações controversas nas redes sociais relativas à COVID-19 e segurança eleitoral.

O novo posicionamento do YouTube reflete um movimento das grandes plataformas diante de pressões políticas e legais para revisar políticas de moderação que vigoraram em momentos mais críticos da pandemia e do processo eleitoral. A flexibilização busca equilibrar a imposição de regras e a garantia de liberdade de expressão em temas sensíveis.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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