O apresentador Jimmy Kimmel voltou ao ar nesta

O apresentador Jimmy Kimmel voltou ao ar nesta terça-feira (23), no “Jimmy Kimmel Live!”, pela primeira vez após uma suspensão de uma semana provocada por seus comentários sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk. Kimmel afirmou que não tinha a intenção de “fazer piada com o assassinato de um jovem” e explicou sua posição durante o programa.

A ABC, emissora que transmite o talk-show, havia tirado o programa do ar por tempo indeterminado após Kimmel relacionar o acusado do assassinato, Tyler Robinson, ao movimento pró-Trump, durante o monólogo exibido na segunda-feira, dia 15. O apresentador afirmou que o grupo político do qual Kirk fazia parte tentava usar o caso para ganhos políticos.

Charlie Kirk foi morto em 10 de abril durante um evento na Universidade Utah Valley, nos Estados Unidos. Tyler Robinson foi preso dois dias depois e indiciado por homicídio qualificado. O crime gerou ampla repercussão nacional, provocando debates sobre censura e liberdade de expressão.

No retorno ao programa, Kimmel procurou esclarecer que sua intenção não foi desrespeitar a memória da vítima, mas sim comentar o contexto político que envolvia o caso. Ele afirmou ainda que não espera mudar a opinião do público, mas que considera importante explicar sua posição como ser humano.

Nas redes sociais, o ex-presidente Donald Trump comentou a retomada do programa. Ele criticou a emissora ABC, afirmando que o programa havia sido cancelado, mas depois retornou devido à queda na audiência. Trump também questionou o talento do apresentador, numa manifestação que gerou repercussão na imprensa.

A suspensão do “Jimmy Kimmel Live!” destacou a tensão entre o direito à livre expressão e a responsabilidade na abordagem de temas sensíveis na mídia, especialmente em um cenário político polarizado. A emissora e o apresentador não divulgaram informações adicionais sobre futuras medidas relacionadas ao caso.

O episódio reacendeu o debate sobre a influência das redes sociais na amplificação de opiniões e o papel dos veículos tradicionais na moderação de conteúdo em discursos públicos envolvendo questões políticas e sociais nos Estados Unidos.

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Fonte: g1.globo.com