Artistas como Pedro Sampaio e Ludmilla investem valores

Artistas como Pedro Sampaio e Ludmilla investem valores superiores ao cachê em shows de festivais para garantir uma experiência alinhada com seus objetivos artísticos e comerciais. No The Town 2025, realizado em São Paulo no Autódromo de Interlagos, ambos aplicaram recursos que ultrapassaram em até seis vezes os valores recebidos, conforme relatos dos próprios artistas.

Pedro Sampaio afirmou que seu investimento no show mais caro da carreira superou em cerca de seis vezes o cachê pago pela participação no festival. Ele destacou que o foco está em entregar a experiência ideal ao público, independentemente do custo financeiro envolvido. A estrutura da apresentação contou com cinco plataformas móveis no palco, que exigiram tecnologia avançada e deslocamento logístico da Argentina para o Brasil, tornando-se o componente de maior impacto financeiro da performance.

Ludmilla, por sua vez, ressaltou o alto investimento financeiro e de energia necessário para sua apresentação, que também serviu para preparar o lançamento de seu próximo álbum, com previsão para este ano. O projeto musical da cantora explora o gênero R&B, com influências norte-americanas, e, durante o show, ela revisitou seu repertório adaptando-o a esse novo estilo. A participação da artista americana Victoria Monét, convidada para cantar “Cam Girl”, estreitou ainda mais o vínculo com o público e com o conceito do novo disco.

O investimento elevado dos artistas se explica pela natureza dos festivais transmitidos ao vivo para todo o país, que constituem uma plataforma estratégica para promoção de novos trabalhos. Além dos custos relacionados à estrutura de som, iluminação, efeitos especiais, dança e segurança, há a necessidade de construir um espetáculo que atraia a atenção do público e da mídia, gerando repercussão positiva e prolongada.

Pedro Sampaio enfatizou que o investimento não se restringe ao espetáculo em si, mas corresponde a uma estratégia para a construção de sua imagem artística. A repercussão nas redes sociais e a reação do público durante o The Town reforçaram esse posicionamento. O show do DJ ficou entre os melhores do evento conforme ranking do g1, o que indica o retorno esperado do investimento.

Segundo a organização do The Town, os valores pagos aos artistas não são divulgados oficialmente. No entanto, relatos de artistas como Luísa Sonza, que também investiu mais do que seu cachê em apresentações no Rock in Rio, reforçam a prática comum entre artistas populares. Para eles, o investimento adicional visa ampliar a exposição, atrair novos contratos publicitários e fortalecer a carreira a longo prazo.

No geral, a estrutura necessária para esses shows inclui muitos custos simultâneos, dos técnicos aos artistas de apoio, que costumam operar com valores limitados. Somente artistas com maior retorno comercial e público podem ampliar seus investimentos para além do cachê base. Essa estratégia visa não só a qualidade imediata do espetáculo, mas o posicionamento da marca pessoal no cenário musical nacional.

Assim, o alto investimento financeiro em shows de festivais traduz uma aposta dos artistas na potencialização de sua imagem e no impacto cultural, buscando manter e ampliar sua relevância no mercado. A experiência entregue ao público vai além do evento individual e se incorpora à trajetória artística e comercial dos músicos envolvidos.

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Fonte: g1.globo.com