Economia

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prepara

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prepara
  • Publishedsetembro 21, 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prepara novos protocolos para evitar risco de colapso no sistema elétrico devido ao excesso de geração das pequenas hidrelétricas, eólicas e solares no Brasil. A medida foi discutida em reunião realizada na sexta-feira (17) com o Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Associação Brasileira de Distribuidores do Sistema Elétrico (Abradee) para organizar o controle dessa energia excedente que impacta a rede de distribuição.

O procedimento inicial afetará as pequenas hidrelétricas e será estendido posteriormente à mini e microgeração distribuída, modalidade em que consumidores produzem a própria energia e injetam o excedente na rede para obter descontos na conta de luz. Essa geração ocorre fora da rede básica e não é diretamente controlada pelo ONS, mas interfere no funcionamento do sistema elétrico nacional.

Durante a reunião, o ONS apresentou um diagnóstico sobre os problemas gerados pelo excesso de energia proveniente dessas fontes. O operador ressaltou a necessidade de protocolos claros para o desligamento dessas usinas, incluindo critérios sobre quantidade, atualização dos procedimentos de operação e formas de corte, já que os métodos atuais não contemplam esse tipo de geração distribuída.

Segundo nota do ONS, o Plano de Gestão de Excedentes de Energia na Rede de Distribuição será encaminhado à Aneel até 31 de outubro. Caso necessário, a Aneel avaliará medidas regulatórias complementares para viabilizar a implementação do plano, segundo informou o órgão ao g1.

Luiz Eduardo Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, explicou que as usinas ligadas à rede de distribuição não possuem interlocução direta com o ONS. Por isso, se for preciso desligar a geração dessas fontes, o ONS atuará em parceria com as distribuidoras, que devem coordenar os desligamentos dessas usinas locais.

Atualmente, o ONS realiza cortes diretamente nas usinas conectadas à rede de transmissão. Com os novos protocolos, será possível incluir as empresas de distribuição no processo para garantir maior controle sobre a geração excedente.

O debate surge em um momento em que o Brasil tem produzido mais energia renovável do que o necessário, principalmente a partir de parques eólicos e solares localizados no Nordeste. Esse excedente tem representado um desafio para a estabilidade do sistema elétrico brasileiro.

Quando a produção ultrapassa a demanda, o ONS solicita o desligamento de usinas para manter a frequência e a tensão dentro dos parâmetros técnicos. Essa ação ocorre com frequência nos últimos meses. Em 4 de maio e 10 de agosto, o ONS identificou que o percentual elevado da micro e minigeração distribuída poderia comprometer o controle dessas variáveis no Sistema Interligado Nacional (SIN).

A Aneel mantém a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de setembro, indicando o uso intenso de geração termelétrica e a complexidade do cenário energético atual. A adoção dos novos protocolos busca aprimorar o controle do sistema e evitar riscos de interrupção ou sobrecarga na rede.

Enquanto o Brasil avança na geração de energia limpa, o desafio é adequar o sistema de controle para garantir o equilíbrio entre oferta e demanda, mantendo a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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