O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou na quarta-feira (18) a suspensão do programa de Jimmy Kimmel pela emissora ABC, após comentários do apresentador sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk. A decisão da emissora veio após Kimmel sugerir que o acusado pelo crime seria um republicano pró-Trump, o que causou reação de autoridades e do público.

A ABC anunciou que retiraria “Jimmy Kimmel Live!” do ar por tempo indeterminado, um programa que estava no ar há mais de 20 anos e que fazia comentários semanais sobre política e cultura nos EUA. A suspensão ocorreu após o apresentador fazer críticas durante seu monólogo na segunda-feira, envolvendo o caso do assassinato de Charlie Kirk, responsável por uma turnê em universidades americanas.

Trump, em sua rede social Truth Social, afirmou que o programa tinha baixa audiência e elogiou a ABC por suspender o programa. Ele pediu ainda a suspensão de outros talk-shows semelhantes, como os de Jimmy Fallon e Seth Meyers, exibidos pela NBC.

Os comentários de Kimmel foram considerados “ofensivos e insensíveis” por Andrew Alford, presidente da Nexstar, que transmite o programa em afiliadas da ABC. Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), pediu que as emissoras locais parassem de exibir o programa e ameaçou tomar medidas legais contra a ABC e a Disney.

O caso que gerou a controvérsia envolve o assassinato do ativista Charlie Kirk, fundador do grupo conservador Turning Point USA. Ele foi baleado durante evento em uma universidade de Utah, em um ataque que gerou ampla repercussão. Kirk foi levado às pressas para o hospital, onde passou por cirurgia, mas morreu em consequência dos ferimentos.

Tyler Robinson foi preso e acusado pela promotoria de Utah, que manifestou intenção de pedir a pena de morte. Em audiência virtual, Robinson permaneceu em silêncio e vestia um colete verde. Documentos revelaram trocas de mensagens entre o acusado e sua namorada após o crime, nas quais ele admitia ter cometido o assassinato.

Charlie Kirk era uma figura influente entre jovens conservadores, tendo papel na mobilização do apoio a Donald Trump nas campanhas presidenciais de 2016 e 2024. Ele mantinha uma base significativa nas redes sociais e produzia conteúdo político por meio de livros, rádio e podcasts.

A violência política nos EUA tem crescido nos últimos anos, com mais de 300 casos documentados desde janeiro de 2021, segundo a agência Reuters. O assassinato de Kirk ocorre em meio a esse ambiente marcado por tensões e disputas entre grupos políticos.

O programa “Jimmy Kimmel Live!” era conhecido por entrevistas com artistas e cobertura semanal de assuntos atuais. A suspensão do programa reflete o impacto do momento político e as respostas das emissoras aos desdobramentos relacionados ao assassinato e à reação pública.

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Fonte: g1.globo.com