Cerca de 900 turistas ficaram presos em Machu

Cerca de 900 turistas ficaram presos em Machu Picchu, no Peru, após a suspensão temporária do serviço de trem que os transporta até a cidade inca. A interrupção ocorreu na segunda-feira (15) devido a bloqueios causados por protestos locais na região de Cusco.
O ministro do Comércio Exterior e Turismo, Desilú León, informou que pedras de vários tamanhos obstruíram a rota do trem, impossibilitando a passagem dos passageiros. A operadora PeruRail confirmou a suspensão do serviço e disse que terceiros realizaram escavações na via, comprometendo a estabilidade do trajeto.
Na segunda-feira, com o apoio da polícia, cerca de 1.400 turistas foram retirados da localidade de Aguas Calientes, cidade base para o acesso a Machu Picchu. No entanto, aproximadamente 900 visitantes permaneceram retidos porque a segurança deles não poderia ser garantida devido às condições da estrada.
Os protestos tiveram início após o término da concessão da empresa de ônibus Consettur, responsável pelo transporte dos turistas de Aguas Calientes até a entrada das ruínas. O distrito vizinho de Urubamba contratou uma nova empresa para realizar o serviço, mas os motoristas de Aguas Calientes se opuseram, dando origem aos bloqueios.
A Ferrocarril Transandino, pertencente à PeruRail, destacou que os protestos ocasionaram escavações ilegais na rota férrea, o que interfere na estabilidade do trilho e impede a circulação dos trens. A suspensão do transporte afeta o escoamento dos visitantes da área.
A organização internacional New7Wonders, que incluiu Machu Picchu entre as sete novas maravilhas do mundo em 2007, enviou uma carta ao governo peruano alertando que o conflito pode prejudicar a reputação do sítio arqueológico. A entidade expressou preocupação com possíveis impactos no turismo e na imagem do local.
Machu Picchu é uma cidadela de pedra construída antes do século 15 pelos incas e é um dos destinos turísticos mais visitados do Peru, atraindo visitantes nacionais e estrangeiros. O bloqueio da rota de acesso pode reduzir o fluxo de turistas e afetar as atividades econômicas locais.
Autoridades afirmam que esforços continuam para resolver os protestos e normalizar o transporte dos turistas. A segurança dos visitantes permanece prioritária até que as condições da estrada e trilhos estejam adequadas para o tráfego.
Enquanto isso, os turistas retidos aguardam a reabertura da via para deixar a região, o que depende das negociações entre os grupos envolvidos e das medidas tomadas pelas autoridades locais.
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Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com