Economia

As exportações brasileiras de ovos registraram queda pelo

As exportações brasileiras de ovos registraram queda pelo
  • Publishedsetembro 15, 2025

As exportações brasileiras de ovos registraram queda pelo segundo mês consecutivo em agosto de 2025, com os Estados Unidos perdendo o posto de maior comprador para o Japão após a imposição de tarifas pelo governo norte-americano. A análise foi divulgada nesta sexta-feira (12) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Em agosto, os Estados Unidos importaram 2,13 mil toneladas de ovos in natura e processados do Brasil, volume 60% inferior ao registrado em julho, embora ainda 72% superior ao do mesmo mês em 2024. O Japão, por sua vez, tornou-se o principal destino da proteína brasileira ao adquirir 578 toneladas, 29% a mais que em julho.

O balanço das exportações interrompeu uma sequência de alta observada no primeiro semestre de 2025. Em julho, as vendas para o exterior caíram 20%, devido a uma redução de 31% nas remessas para os EUA. No total, em julho, o Brasil embarcou 5,26 mil toneladas, índice 20% menor que o de junho.

Apesar do recuo recente, o desempenho acumulado do ano permanece positivo. De janeiro a agosto, o país exportou cerca de 32,3 mil toneladas, volume 192,2% maior do que no mesmo período de 2024 e 75% superior ao total exportado em todo o ano passado.

No mercado interno, os preços dos ovos iniciaram agosto em alta, influenciados pelo fim das férias escolares e pelo maior poder de compra da população no início do mês, segundo o Cepea. O movimento estimulou a retomada da demanda pela proteína.

Ao longo do primeiro semestre, os preços dos ovos apresentaram queda. Em junho, as cotações atingiram o menor patamar diário em diversas regiões produtoras. A queda nos valores começou em abril, quando o ovo atingiu o preço mais baixo do ano após uma forte alta registrada nos meses anteriores.

A redução da demanda e o aumento dos estoques foram apontados como fatores que pressionaram os preços. Entre 16 e 26 de junho, o valor da caixa com 30 dúzias caiu mais de 10% em regiões como Santa Maria de Jetibá (ES), Bastos (SP), Grande São Paulo, Recife (PE) e Belo Horizonte (MG).

Além da oscilação dos preços, os custos de produção em 2024 aumentaram, impactando a rentabilidade dos produtores. O preço de insumos como milho e farelo de soja subiu, enquanto os ovos ficaram mais baratos no mercado. Os produtores também tiveram que investir em infraestrutura climatizada para a produção.

Desde então, a disponibilidade reduzida de ovos no mercado permitiu que os aumentos de custos fossem repassados mais intensamente aos preços em 2025. Mesmo com as dificuldades, o Brasil manteve-se como um dos principais fornecedores na exportação dessa proteína.

O mercado enfrenta ainda efeitos indiretos da gripe aviária na Europa, que causou restrições às importações dos produtos avícolas brasileiros por países como China, Europa e Argentina. Embora o Brasil tenha recuperado o status de livre da doença, a retomada total das exportações ainda está incompleta.

Em resumo, as exportações brasileiras de ovos sofreram queda recente devido às tarifas americanas e mudança no mercado comprador, mas mantêm crescimento acumulado no ano. Internamente, os preços oscilaram conforme a oferta e a demanda, influenciados por fatores climáticos, sanitários e custos de produção.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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