O ministro das Relações Exteriores da China, Wang

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou neste sábado (13) que o país não participa nem planeja guerras, durante entrevista coletiva em Liubliana, Eslovênia. A declaração ocorreu em resposta à pressão dos Estados Unidos para que aliados imponham tarifas e restrições comerciais contra a Rússia e a China, em meio ao conflito na Ucrânia.
Wang ressaltou que a guerra não resolve problemas e que as sanções complicam ainda mais as situações. A posição chinesa foi divulgada após o presidente dos EUA, Donald Trump, sugerir que países da Otan parassem de comprar petróleo russo e aplicassem tarifas elevadas sobre produtos chineses. A medida americana visa enfraquecer o governo de Vladimir Putin e acelerar o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Trump enviou uma carta nesta semana aos países da Otan propondo a imposição de “sanções severas” à Rússia, condicionando-as à suspensão das compras de petróleo russo pelos membros da aliança militar. Ele também defendeu a necessidade de taxar produtos chineses entre 50% e 100% para romper o suposto domínio da China sobre a Rússia.
Durante o discurso, o ex-presidente norte-americano responsabilizou o atual presidente Joe Biden e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky pelo início da guerra, afirmando que o conflito “nunca teria começado” se ele ainda estivesse na Casa Branca. Trump classificou o conflito como “ridículo” e expressou insatisfação com a condução atual da crise.
As tensões entre Trump e Putin aumentaram após o encontro bilateral realizado em agosto de 2024, no Alasca. Na ocasião, ambos declararam a existência de um caminho para o fim do conflito, incluindo uma possível reunião entre Putin e Zelensky, mas nenhum acordo de cessar-fogo foi alcançado. Desde então, o Kremlin manteve ofensivas contra a Ucrânia e indicou pouca disposição para negociações de paz.
Na sexta-feira (11), Trump afirmou que sua paciência com Putin “está acabando, e está acabando rápido”. O contexto da pressão americana inclui tentativas de limitar o apoio econômico e militar da Rússia por meio de sanções, envolvendo também aliados estratégicos como a China.
Analistas apontam que a posição da China, expressa por Wang Yi, indica uma postura de neutralidade em relação ao conflito e um posicionamento contrário às sanções unilaterais. A resposta chinesa também busca evitar o envolvimento direto em disputas militares e econômicas entre grandes potências.
Em resumo, a China mantém sua política de não participação em guerras, enquanto os Estados Unidos intensificam esforços para isolar economicamente a Rússia. O debate sobre sanções e tarifas contra produtos energéticos e manufaturados reflete o aumento das tensões geopolíticas que envolvem a Ucrânia, Rússia, China e aliados ocidentais.
—
**Palavras-chave:** China, Wang Yi, Estados Unidos, Donald Trump, Rússia, Ucrânia, sanções econômicas, tarifa, OTAN, conflito, petróleo russo, guerra, Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky, política internacional, geopolítica.
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com