O dólar abriu a sessão desta sexta-feira (12) com o

O dólar abriu a sessão desta sexta-feira (12) com o mercado atento à divulgação de dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, começou a ser negociado às 10h, após registrar máxima histórica na véspera.
Na quinta-feira, o STF condenou Bolsonaro e outros sete réus por crimes relacionados à chamada “Trama Golpista”, com votos favoráveis do relator Alexandre de Moraes, da ministra Cármen Lúcia e do ministro Flávio Dino. Os réus foram acusados de crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e dano qualificado ao patrimônio público.
Entre os réus apontados na sentença estão o general Walter Braga Netto, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o general Augusto Heleno, o general Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Ramagem teve dois crimes excluídos da acusação pela turma.
A decisão do STF já era considerada praticamente inevitável pelo mercado, que agora vê possibilidades de retaliações do governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump, e que já aplicou tarifas adicionais ao Brasil mencionando o julgamento de Bolsonaro como justificativa.
No cenário econômico, o dólar recuou ao patamar de R$ 5,37, próximo da mínima registrada em julho deste ano. O Ibovespa acumula alta de 19,01% no ano e encerrou a quinta-feira em máxima histórica, com investidores monitorando os indicadores econômicos que serão divulgados durante o dia.
Nos Estados Unidos, o relatório do Departamento do Trabalho revelou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,4% em agosto, superando a expectativa de 0,3%. O avanço anual foi de 2,9%, o maior desde janeiro, apontando persistência da inflação. O dado reforça preocupações sobre o equilíbrio entre inflação alta e crescimento econômico fraco.
Além disso, pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA subiram para 263 mil, um montante acima das projeções de 235 mil feitas por economistas, o que sinaliza fragilidade no mercado de trabalho.
Apesar da inflação mais alta, o avanço dos preços não deve alterar a expectativa do mercado quanto ao corte da taxa de juros pelo Federal Reserve, previsto para a próxima semana. Especialistas consideram que a inflação pode permanecer elevada devido às tarifas de importação aplicadas pelo governo Trump e à desvalorização do dólar, mas também apontam sinais claros de desaceleração na atividade econômica.
Na sexta-feira, os mercados globais apresentaram desempenho misto. Em Wall Street, os principais índices fecharam em alta, impulsionados pelas expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve. O Dow Jones subiu 1,36%, o S&P 500 alcançou nova máxima com alta de 0,85% e o Nasdaq Composite avançou 0,72%.
Na Europa, os mercados fecharam em alta após o Banco Central Europeu manter as taxas de juros inalteradas. O índice STOXX 600 subiu 0,55%, enquanto bolsas como FTSE (Londres), DAX (Frankfurt), CAC-40 (Paris) e FTSE/MIB (Milão) também registraram valorização.
Na Ásia, o desempenho foi variado. Índices chineses como Xangai e CSI300 avançaram, impulsionados por avanços em tecnologia, especialmente inteligência artificial. Ainda assim, houve preocupação com possíveis restrições dos EUA a medicamentos chineses. O Nikkei de Tóquio subiu 1,22%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong recuou 0,43%. Outras bolsas da região também apresentaram variação mista.
O mercado segue acompanhando tanto os resultados econômicos quanto os desdobramentos políticos no Brasil e nos Estados Unidos, em um contexto de alta volatilidade e expectativa por novas decisões estratégicas de política econômica e comercial.
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Palavras-chave relacionadas: dólar, Ibovespa, Jair Bolsonaro, STF, condenação, economia brasileira, inflação EUA, Federal Reserve, corte de juros, mercado financeiro, tarifas comerciais, bolsa de valores, índices globais.
Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com