O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (11) com investido

O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (11) com investidores atentos à divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também iniciou as negociações às 10h, refletindo as expectativas do mercado diante desses eventos.

Nos Estados Unidos, será divulgado o índice de preços ao consumidor de agosto, indicador fundamental para as decisões do Federal Reserve sobre a manutenção ou corte da taxa de juros. Também serão divulgados os dados de novos pedidos de seguro-desemprego, que auxiliam na avaliação do mercado de trabalho norte-americano.

No Brasil, o foco está na continuação do julgamento da chamada trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. Nesta quinta, está previsto o voto da ministra Cármen Lúcia, que pode influenciar o desfecho do processo.

A Primeira Turma do STF retomou o julgamento na quarta-feira (10), após os votos do relator, ministro Alexandre de Moraes, e do ministro Flávio Dino, que defenderam a condenação dos réus. O ministro Luiz Fux foi o terceiro a votar, e rejeitou a acusação de organização criminosa contra Bolsonaro e os demais, argumentando que o STF não seria a corte adequada para o julgamento.

Até o momento, o placar está 2 a 0 a favor da condenação. A decisão de Cármen Lúcia pode ser decisiva para o andamento do caso.

No cenário internacional, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo do presidente Joe Biden está disposto a “usar meios militares” para proteger a liberdade de expressão globalmente, em referência a uma eventual condenação de Bolsonaro. No entanto, declarou que, por enquanto, “não há nenhuma ação adicional” contra o governo brasileiro.

O Itamaraty, sem mencionar os Estados Unidos, emitiu nota condenando o “uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força” contra a democracia brasileira.

Nas bolsas globais, o mercado apresentou comportamento misto. Em Wall Street, o índice S&P 500 e o Nasdaq atingiram recordes, impulsionados por dados de inflação mais baixos que o esperado e pelo desempenho positivo das ações da Oracle. O Dow Jones, por sua vez, caiu 0,48%, enquanto o S&P 500 subiu 0,31% e o Nasdaq avançou 0,03%.

Na Europa, a maioria dos principais índices fechou em queda. O STOXX 600 caiu 0,01%, o DAX da Alemanha teve baixa de 0,39%, e o FTSE 100 do Reino Unido recuou 0,19%. O CAC 40 da França apresentou leve alta de 0,15%.

Já na Ásia, as bolsas fecharam em alta, particularmente na China e em Hong Kong, após dados que indicaram recuperação na indústria chinesa. O Nikkei, do Japão, subiu 0,9%; o Hang Seng avançou 1,01%; e os índices de Xangai e CSI300 cresceram 0,13% e 0,21%, respectivamente.

No acumulado da semana, o dólar registra queda de 0,11%, enquanto apresenta variação negativa de 0,28% no mês e de 12,51% no ano. O Ibovespa acumula baixa de 0,18% na semana, alta de 0,68% no mês e ganho de 18,38% no ano.

Investidores seguem atentos ao desenrolar do julgamento no STF e à divulgação dos dados econômicos nos Estados Unidos, que podem alterar as perspectivas para o câmbio e o mercado financeiro brasileiro nos próximos dias.

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Fonte: g1.globo.com