O ator Jerry Seinfeld comparou o movimento “Palestina

O ator Jerry Seinfeld comparou o movimento “Palestina Livre” ao grupo de supremacia branca Ku Klux Klan durante uma visita à Universidade de Duke, na Carolina do Norte, nesta terça-feira (9). A declaração causou repercussão ao associar o ativismo pró-Palestina a uma organização explicitamente racista.

Seinfeld afirmou que o slogan “Palestina Livre” serve como uma forma disfarçada de expressar antissemitismo. “‘Palestina Livre’ é, para mim, apenas… ‘Você é livre para dizer que não gosta de judeus’. Basta dizer que não gosta de judeus”, disse o comediante no palco da universidade. Ele ressaltou que o movimento não admite abertamente suas motivações, ao contrário da Ku Klux Klan, que assume seu discurso de ódio.

Segundo Seinfeld, a Ku Klux Klan é mais sincera ao expressar seu preconceito. “Ao dizer ‘Palestina Livre’, você não está admitindo o que realmente pensa”, afirmou. “Então, na verdade, comparado à Ku Klux Klan, eu acho que a Klan é um pouco melhor aqui, porque eles podem dizer diretamente: ‘Não gostamos de negros, não gostamos de judeus’. Certo, isso é verdade.”

O jornal britânico The Guardian tentou obter posicionamento dos representantes de Seinfeld, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. A reação do público e de grupos relacionados ao conflito entre Israel e Palestina ainda não foi reportada.

Esta não é a primeira vez que Jerry Seinfeld comenta publicamente sobre o conflito de forma controversa. Em fevereiro deste ano, ele declarou a um influenciador que “não se importa com a Palestina”, o que também gerou críticas nas redes sociais.

O posicionamento do ator ocorre em um contexto internacional de debates intensos sobre o conflito entre Israel e Palestina, marcado por manifestações e discussões sobre direitos humanos, liberdade e segurança. Seinfeld, conhecido pelo trabalho na comédia e pela série “Seinfeld”, revisitou um tema político delicado em sua fala na universidade.

A declaração de Jerry Seinfeld adiciona mais um capítulo às controvérsias em torno das posições públicas de celebridades em temas geopolíticos sensíveis. A comparação direta entre um movimento de defesa nacional com um grupo reconhecido por suas práticas de ódio racista pode influenciar a percepção pública e alimentar debates polarizados.

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Fonte: g1.globo.com