A Embraer anunciou nesta quarta-feira (10) a venda

A Embraer anunciou nesta quarta-feira (10) a venda de 50 aviões comerciais modelo E195-E2 para a companhia aérea americana Avelo Airlines, em um acordo de US$ 4,4 bilhões (R$ 23,8 bilhões). As entregas dos aeronaves estão previstas para o primeiro semestre de 2027, com opção de compra de mais 50 jatos.

Esta é a primeira venda do E195-E2 para uma empresa dos Estados Unidos, marcando a entrada da Embraer com seu modelo maior no mercado americano, que até então operava principalmente aviões menores da fabricante, como o E175, voltados à aviação regional. A Embraer destacou que o novo modelo vai modernizar a frota da Avelo, complementando os Boeing 737NG da companhia e ampliando a eficiência e o alcance de suas rotas.

O acordo ocorre em um momento de negociação entre os dois países em relação às tarifas sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. Recentemente, a aviação comercial foi excluída de uma tarifa extra de 40%, que elevou para 50% os impostos sobre outros bens brasileiros. Assim, as aeronaves civis continuam sujeitas a uma tarifa de 10%, vigente desde abril. A Embraer mantém a posição de defender a redução total dessa alíquota.

Os Estados Unidos são atualmente o principal mercado da Embraer, que tem sede em São José dos Campos, São Paulo. Os americanos respondem por 45% das vendas de jatos comerciais da empresa e 70% nas vendas de jatos executivos. No segmento comercial, mais da metade dos pedidos ativos da Embraer são para seis clientes americanos, totalizando 229 aeronaves de um total de 437 encomendadas.

A expansão da Embraer no mercado americano com o E195-E2 deve fortalecer sua presença diante da concorrência no setor de aviação comercial. A aposta da fabricante brasileira no modelo maior tem potencial para preencher nichos ainda não explorados nas frotas das companhias aéreas dos EUA, segundo analistas do setor.

A Embraer segue acompanhando as negociações sobre tarifas comerciais e mantém esforços para ampliar seu acesso e competitividade no mercado norte-americano, considerado estratégico para seu crescimento futuro.

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Fonte: g1.globo.com