O Bad Religion apresentou uma aula sobre o

O Bad Religion apresentou uma aula sobre o punk neste domingo (7) no festival The Town, em São Paulo, dialogando sobre a evolução do movimento desde a década de 1980. O vocalista Greg Graffin e o baixista Jay Bentley discutiram como o punk vai além dos estereótipos ligados à rebeldia juvenil e à estética visual.

O grupo americano, que já havia se apresentado duas vezes no Autódromo de Interlagos, destacou a importância das ideias e do conteúdo lírico para o punk. Greg Graffin afirmou que a rebeldia durante a adolescência é comum, mas o desafio está em transformar esse sentimento em algo que provoque reflexão. “Se você desafia as pessoas a questionarem todas as coisas que consideramos atributos normais dos humanos, isso leva à melhoria não apenas do indivíduo, mas também da sociedade”, disse o vocalista.

Jay Bentley complementou que o punk é mais ligado ao que se expressa nas letras do que à aparência física, como o cabelo espetado ou a roupa rasgada. Ele citou Elvis Costello como uma influência maior na formação da sua visão punk, enfatizando que a mensagem e as ideias são o núcleo do movimento. Segundo o baixista, o punk deve se adaptar às novas formas de comunicação para continuar relevante e presente.

Ambos ressaltaram que o punk não consiste apenas em atos de violência ou rebeldia física, como quebrar garrafas e causar problemas. A ênfase, segundo os músicos, deve estar na troca de ideias e no aprendizado mútuo. Essa abordagem reflete a visão do Bad Religion sobre o punk como um meio de questionamento e mudança social, mais do que um estilo visual ou comportamento agressivo.

Durante o show no The Town 2025, a banda reforçou essa mensagem por meio de suas músicas e interação com o público. A performance no festival manteve a tradição do Bad Religion de usar o palco para expressar reflexões sobre a sociedade e os valores pessoais associados ao punk.

Em resumo, a apresentação e as declarações dos integrantes do Bad Religion indicam que o punk permanece como um movimento focado em questionamentos sociais e filosóficos, adaptando-se às novas gerações e formas de comunicação. O que permanece constante é o compromisso com o pensamento crítico e a busca por melhorias individuais e coletivas.

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Fonte: g1.globo.com