Economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou
  • Publishedsetembro 5, 2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (5) que está “muito irritado” com o Brasil e não descartou a possibilidade de restringir vistos de autoridades brasileiras durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele associou a insatisfação às tarifas impostas aos produtos brasileiros e falou em mudanças radicais no governo brasileiro.

Em entrevista coletiva na Casa Branca, Trump ressaltou que os Estados Unidos aplicaram tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros para reagir a ações que classificou como “muito infelizes”. Apesar de não citar nomes, ele afirmou que o governo do Brasil mudou “radicalmente para a esquerda”, o que, na sua avaliação, tem causado prejuízos.

As tarifas foram anunciadas em agosto e refletem uma tensão crescente entre os governos dos dois países. O republicano também criticou o andamento do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, embora tenha mencionado manter uma “ótima relação com o povo do Brasil”. O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo judicial contra Bolsonaro, tem sido alvo frequente de críticas do governo americano.

A possibilidade de restringir vistos diplomáticos para a participação na Assembleia Geral da ONU gera preocupação sobre as consequências para as relações bilaterais e para o papel dos Estados Unidos como país anfitrião de organismos internacionais. O evento costuma reunir líderes mundiais para discussões multilaterais e diplomacia global.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou disposição para negociar com Washington. Em entrevista na última terça-feira (2), Lula afirmou que espera uma reavaliação das tarifas impostas não apenas ao Brasil, mas também a outros países, como Índia e China. Ele ressaltou não ter interesse em conflitos e defendeu a continuidade da amizade com os EUA, que já dura cerca de 200 anos.

Lula destacou que está aguardando um momento em que Trump possa voltar a abrir negociações, promovendo o que chamou de o retorno do “Lulinha paz e amor”. O presidente brasileiro destacou que o Brasil recorrerá a todos os mecanismos legais para contestar as tarifas, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Seção 301, instrumento previsto nas regras comerciais internacionais.

Após pressão de aliados do ex-presidente Bolsonaro nos Estados Unidos, que chegou a desencadear um inquérito no STF contra o deputado Eduardo Bolsonaro, Trump reforçou as tarifas, mas também divulgou uma lista com quase 700 exceções, contemplando alguns produtos.

O governo brasileiro protocolou consultas na OMC alegando que as tarifas violam compromissos dos EUA no Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) e no Entendimento sobre Solução de Controvérsias (DSU). Lula afirmou que, embora os Estados Unidos tenham direito de estabelecer taxas, é preciso respeitar as regras vigentes no comércio internacional.

A escalada da tensão envolve interesses econômicos e políticos, refletindo um cenário em que os governos dos dois países apresentam visões e alinhamentos ideológicos distintos. As próximas semanas serão decisivas para a definição do impacto dessas medidas na relação bilateral e no ambiente diplomático multilateral.

Palavras-chave: Donald Trump, Brasil, tarifas, Assembleia Geral da ONU, vistos diplomáticos, Luiz Inácio Lula da Silva, Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, Organização Mundial do Comércio, comércio internacional, relações bilaterais, Estados Unidos, Jair Bolsonaro.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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