Economia

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo
  • Publishedsetembro 5, 2025

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira (5) que instituições financeiras localizadas na Avenida Faria Lima, em São Paulo, e fintechs são vítimas do crime organizado que utiliza suas estruturas para ações ilícitas. A declaração veio após o BC anunciar medidas para reforçar a segurança no sistema financeiro.

Entre as iniciativas anunciadas estão a redução dos limites de transferência para instituições de pagamento não autorizadas, a obrigatoriedade de aprovação prévia do BC para novas instituições com regras mais rigorosas e a exigência de certificação técnica para operar. O objetivo é fechar brechas que facilitam a atuação de criminosos no setor.

Galípolo destacou que tanto os bancos tradicionais quanto as fintechs contribuíram para a inclusão financeira e a facilitação de serviços para a população, consolidando uma posição importante do Brasil no sistema financeiro global. Ele acrescentou que quem pratica atos ilícitos são os criminosos que usam essas instituições para mascarar suas operações.

“É um criminoso usando aquilo, não é um banco e nem uma fintech”, explicou o presidente do BC. Ele ressaltou ainda que, enquanto no passado os crimes financeiros eram mais evidentes, com assaltos físicos, hoje a virtualidade dos ataques torna a percepção mais difícil, o que pode gerar preocupações infundadas.

O presidente também afirmou ter recebido apoio de associações e federações ligadas ao setor para ampliar a fiscalização e combater os ataques do crime organizado. “O sistema financeiro está unido para combater o ataque que o crime organizado tem tentado fazer”, declarou.

A fala de Galípolo ocorre após uma megaoperação realizada na semana passada para desarticular um esquema bilionário no setor de combustíveis, comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação revelou que o grupo usava ao menos 40 fundos de investimento e diversas fintechs para lavar dinheiro, mascarar transações e ocultar patrimônio.

Segundo as apurações, o esquema deixou de pagar mais de R$ 7,6 bilhões em impostos e apresentou irregularidades em várias etapas da cadeia produtiva e distributiva de combustíveis no país.

Além disso, ataques hackers recentes afetaram o setor. No início do mês, a fintech Monbank sofreu um ataque que resultou no desvio de R$ 4,9 milhões, dos quais R$ 4,7 milhões já foram recuperados. A empresa garantiu que nenhuma conta de clientes foi comprometida.

Em setembro, a Sinqia, que conecta bancos ao sistema PIX, informou sobre um desvio de aproximadamente R$ 710 milhões em transações não autorizadas devido a ataque hacker. Em julho, o Banco Central comunicou que a C&M Software, provedora de serviços tecnológicos para instituições financeiras e para o BC, foi alvo de ataque em sua infraestrutura.

As medidas anunciadas pelo Banco Central são parte de um esforço coordenado para aumentar a segurança e a transparência do sistema financeiro, diminuindo o espaço de atuação para grupos criminosos que se aproveitam das tecnologias e da rede financeira para cometer fraudes e lavagem de dinheiro.

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Fonte: g1.globo.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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