Um advogado chamado Mark Zuckerberg processou a Meta

Um advogado chamado Mark Zuckerberg processou a Meta, empresa dona do Facebook, após ter sua página profissional suspensa cinco vezes nos últimos oito anos. A ação foi registrada em abril de 2024 na Suprema Corte de Indiana, Estados Unidos, alegando que o sistema da rede social identifica sua conta como falsa por causa do nome homônimo ao fundador da empresa.

Segundo o advogado, a suspensão repetida ocorre porque o algoritmo de moderação interpreta que ele tenta se passar pelo bilionário Mark Zuckerberg. Ele afirma que isso prejudica sua vida profissional e pessoal, já que pessoas desconfiam ao ver seu nome. “Não posso usar meu nome ao fazer reservas ou conduzir negócios, pois as pessoas presumem que estou fazendo trotes e desligam”, relatou.

Para documentar as dificuldades, o advogado criou um site onde compartilha relatos de como a coincidência de nomes afeta seu cotidiano. Ele também ironizou a situação ao comentar com humor que aparece primeiro no Google ao buscar por “Mark Zuckerberg falência”. “Se ele [Mark Zuckerberg, dono da rede social] passar por momentos financeiros difíceis e estiver em Indiana, terei prazer em cuidar do seu caso”, acrescentou.

A Meta não se manifestou oficialmente sobre o processo até o momento. O caso levanta questões sobre a eficácia e os impactos dos sistemas automáticos de moderação em redes sociais, especialmente quando envolvem pessoas que compartilham nomes com figuras públicas.

Apesar do nome em comum, os dois Mark Zuckerbergs possuem carreiras distintas. O advogado destaca que sua luta é pelo direito de usar seu próprio nome na internet e nas plataformas digitais, área cada vez mais fundamental para relações profissionais.

O episódio também chama atenção para o desafio das redes sociais em equilibrar políticas de uso que evitem fraudes e golpes, ao mesmo tempo em que respeitem a identidade e os direitos dos usuários legítimos.

Enquanto o processo segue na Justiça de Indiana, a questão permanece aberta sobre como as empresas de tecnologia podem aperfeiçoar seus sistemas para evitar casos similares no futuro.

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Fonte: g1.globo.com