O governo destinou R$ 12,1 bilhões para reajustes

O governo destinou R$ 12,1 bilhões para reajustes salariais de servidores do Executivo em 2026, além de R$ 4,4 bilhões para novas negociações programadas para o ano seguinte. A proposta orçamentária foi enviada nesta sexta-feira (29) ao Congresso Nacional pelo Ministério da Gestão.

O montante integra a previsão de aumento das despesas com pessoal do Executivo, que devem subir de R$ 315 bilhões em 2024 para R$ 350,4 bilhões em 2026. Os valores já consideram reajustes salariais negociados e reestruturações de carreiras.

Em 2024, o governo firmou acordos com quase 100% dos servidores do Executivo por meio das Mesas Específicas e Temporárias de Negociação. Esses acordos preveem reajustes escalonados em dois anos, com índices diferentes para cada parcela. A primeira parte dos reajustes foi paga ainda em 2024, gerando um impacto de R$ 16 bilhões nas contas públicas.

No ano passado, o Orçamento já havia reservado R$ 11,6 bilhões para reajustes, o que possibilitou o acordo de aumento salarial de 9%, formalizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O reajuste também incluiu um acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação, que passou de R$ 458 para R$ 658 mensais.

Em 2024, os servidores do Executivo não receberam reajustes salariais, mas tiveram aumentos nos benefícios. O auxílio-alimentação subiu de R$ 658 para R$ 1.000. Além disso, houve uma elevação de 51,1% no auxílio-saúde, destinado à assistência à saúde suplementar, e um aumento de 51,1% no auxílio-creche, que passou de R$ 321 para R$ 484,90 para todos os servidores federais.

O governo afirma que os reajustes e os benefícios visam garantir a manutenção do poder de compra dos servidores e ajustar as carreiras dentro do Executivo. A proposta agora será analisada pelo Congresso Nacional, que pode propor alterações no orçamento para 2026.

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Fonte: g1.globo.com