O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirmou nesta sexta-feira (29) que o país está disposto a se unir ao Brasil para fortalecer o Brics e resistir a atos de intimidação. A declaração foi feita em um post na rede social X, após conversa telefônica entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países, Wang Yi e Mauro Vieira, na quinta-feira (28), a pedido do chanceler brasileiro.
Lin Jian, porta-voz chinês, destacou que a China quer fortalecer a coordenação com o Brasil em meio às complexas mudanças na conjuntura internacional. O objetivo é enfrentar o unilateralismo e práticas de intimidação, sem citar diretamente os Estados Unidos. O diálogo ocorre em contexto de tensão comercial, após os EUA impor tarifas a produtos brasileiros durante o governo de Donald Trump.
No início deste mês, o presidente chinês Xi Jinping afirmou que pretende atuar junto com o Brasil para tornar a parceria símbolo de unidade e autossuficiência entre as principais nações do Sul Global. Ele destacou o compromisso de construir um mundo mais justo e sustentável. A fala foi feita em conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 11 de agosto, segundo a agência estatal chinesa Xinhua.
A ligação, que durou cerca de uma hora e foi confirmada pelo Palácio do Planalto, abordou temas como relações bilaterais, conjuntura geopolítica internacional e defesa do multilateralismo. Os dois países concordaram sobre a importância do G20 e do Brics na promoção dessa agenda. A chamada ocorreu em meio ao aumento de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros.
Xi Jinping afirmou que as relações entre China e Brasil estão no melhor momento histórico, com avanços no alinhamento das estratégias de desenvolvimento e cooperação. Ele declarou apoio ao povo brasileiro na defesa da soberania nacional e conclamou a união contra o unilateralismo e o protecionismo. O presidente chinês também parabenizou o Brasil pela organização da última cúpula do Brics.
Durante as conversas, os chefes de Estado discutiram a parceria estratégica bilateral e os avanços nas sinergias entre programas nacionais de desenvolvimento. Eles reafirmaram o compromisso de ampliar a cooperação em setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites. Xi ressaltou que o Brics é uma plataforma importante para os países do Sul Global e defendeu esforços conjuntos para garantir o sucesso da COP 30 em Belém e para promover a paz, citando a crise na Ucrânia.
O presidente Lula reforçou a importância das relações com a China e manifestou interesse em aprofundar o alinhamento estratégico. Ele elogiou a postura chinesa em defesa do multilateralismo, livre comércio e regras internacionais justas. Lula também se comprometeu a intensificar a comunicação com Pequim em mecanismos multilaterais, como o Brics.
Em relação aos Estados Unidos, Lula informou Xi sobre as dificuldades para renegociar tarifas impostas a produtos brasileiros e reiterou a posição do Brasil na defesa da soberania nacional. Em evento no Palácio do Planalto na segunda-feira, Lula afirmou que o país precisa manter a soberania e sonhar grande diante de um cenário internacional mais hostil.
O governo brasileiro prepara medidas de resposta ao aumento das tarifas impostas pelo governo Trump e estuda ações de reciprocidade. O objetivo é evitar prejuízos econômicos e preservar espaço para futuras negociações com Washington.
Em resumo, China e Brasil reforçam seu compromisso no Brics e na defesa do multilateralismo diante de desafios internacionais, enquanto o Brasil enfrenta medidas tarifárias que afetam o comércio bilateral.
—
Palavras-chave para SEO:
Brasil, China, Brics, Luiz Inácio Lula da Silva, Xi Jinping, tarifas dos Estados Unidos, governo Trump, relações bilaterais, multilateralismo, comércio internacional, soberania nacional, cooperação econômica, acordo China-Brasil, crise ucraniana, G20, economia digital, Petróleo e gás, COP 30, proteção comercial.
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com