Uma megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital

Uma megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi realizada nesta quinta-feira (28) em dez estados do Brasil para combater fraudes fiscais, ambientais e lavagem de dinheiro. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou o avanço da migração de organizações criminosas da ilegalidade para a legalidade, fenômeno que tem sido observado no país e no mundo.
A ação conjunta envolveu o Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal e as polícias Federal, Civil e Militar. Os investigados são suspeitos de adulterar combustíveis e lavar dinheiro em negócios aparentemente legais.
Lewandowski classificou o dia como um marco no combate ao crime organizado e ressaltou que enfrentar esse tipo de organização exige a atuação integrada de diversos órgãos do governo, especialmente os fazendários, como a Receita Federal. Segundo ele, operações isoladas não são suficientes para erradicar esse tipo de criminalidade.
Durante coletiva em Brasília, o ministro falou ainda sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que está em tramitação no Congresso. O texto visa integrar as forças de segurança para compartilhamento de informações e coordenação de ações, sendo considerado fundamental para o combate ao crime organizado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a operação atingiu o “andar de cima” do PCC, mencionando a movimentação financeira da organização de R$ 52 bilhões em quatro anos. Ele descreveu a ação como o fechamento da “refinaria do crime”.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, apresentou um balanço parcial da operação, indicando a apreensão de 141 veículos e o sequestro de 1.500. Também foram apreendidos mais de R$ 300 mil em dinheiro vivo e bloqueados mais de R$ 1 bilhão em ativos. A ação cumpriu mandados contra 41 pessoas físicas e 255 jurídicas, fechou 21 fundos de investimento, sequestrou 192 imóveis e apreendeu duas embarcações.
Lewandowski apontou que esta operação está entre as maiores realizadas contra o crime organizado e lavagem de dinheiro, principalmente por envolver atividades no mercado legal de combustíveis. Ele reforçou a importância da aprovação da PEC da Segurança para que operações desse porte se tornem rotina.
A ação representa um esforço conjunto de órgãos federais e estaduais para enfrentar as novas formas de atuação do crime organizado, que buscam se infiltrar em setores legais para expandir suas atividades ilícitas.
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Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com