O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (28)

O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (28), cotado a R$ 5,412 por volta das 9h05, enquanto investidores aguardam a divulgação da segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e dados econômicos do Brasil. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, ainda não havia iniciado o pregão, que começa às 10h.
Nos Estados Unidos, o Departamento do Comércio divulga dados sobre o PIB do segundo trimestre de 2025, com expectativa de alta de 3,1% em relação aos três meses anteriores, após a leitura anterior apontar queda de 0,5%. Além disso, os investidores acompanham os pedidos semanais de auxílio-desemprego, dados de exportação de grãos e moradias pendentes em julho.
No Brasil, serão divulgados índices como o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicadores de confiança nos setores de serviços e comércio, e a estimativa da população para 2025, segundo o IBGE.
Paralelamente, a Polícia Federal realiza uma megaoperação nesta manhã com cerca de 1.400 agentes em oito estados, visando um esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis. A ação envolve mandados contra empresas e fintechs utilizadas para lavagem de dinheiro, entre elas a Reag (REAG3), listada na bolsa brasileira.
O mercado ainda repercute tensões políticas nos Estados Unidos, onde o ex-presidente Donald Trump anunciou a demissão da diretora Lisa Cook do Federal Reserve (Fed), órgão responsável pela política monetária americana. Cook é a primeira mulher negra a integrar a diretoria e não pretende renunciar. O Fed reafirmou seu compromisso legal com a independência da instituição, destacando que decisões seguem baseadas em critérios técnicos e proteção contra demissões arbitrárias.
Especialistas avaliados indicam que Trump tenta influenciar a condução da política monetária, pressionando para cortes na taxa de juros. Essa disputa gerou reações negativas nos mercados financeiros na quarta-feira (27).
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que há consenso entre o governo e lideranças partidárias para aprovação de projeto que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, condicionado à compensação por meio de taxação mínima para alta renda. Haddad citou ainda negociações comerciais com os Estados Unidos e a posição reativa do governo a possíveis sanções, sem prever desdobramentos envolvendo o Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a inflação no Brasil começa a convergir para a meta de 3%, embora de forma lenta, e que a taxa básica Selic de 15% ao ano deve se manter elevada por um período prolongado para controlar os preços.
Nos mercados internacionais, as bolsas de Wall Street fecharam em alta, com destaque para o S&P 500, que atingiu novo recorde. O Nasdaq avançou à espera dos resultados da fabricante de chips Nvidia. O Dow Jones também teve valorização e os investidores monitoram o cenário corporativo e dados econômicos.
Já as bolsas europeias encerraram o dia sem direção única, afetadas pela instabilidade política na França e resultados variáveis de empresas. O índice STOXX 600 teve leve alta, enquanto o FTSE 100, CAC 40, DAX e FTSE MIB apresentaram oscilações.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em baixa, principalmente as bolsas chinesas, que reverteram ganhos do início do dia. Investidores demonstram cautela diante da queda nos lucros industriais chineses pelo terceiro mês consecutivo e aumentam preocupações com demanda e deflação.
O dólar e as bolsas brasileiras refletem a combinação de dados econômicos nacionais e internacionais, tensões políticas e operações de combate a crimes financeiros no país, moldando o comportamento dos investidores nesta sessão.
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*Com informações da Reuters e agências parceiras.*
Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com