PF pede inquérito sobre desinformação contra Banco do Brasil

A Polícia Federal (PF) enviou nesta quarta-feira (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para abrir inquérito sobre perfis em redes sociais que espalharam desinformação contra o Banco do Brasil (BB), com risco ao Sistema Financeiro Nacional. A apuração foca em apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo parlamentares com prerrogativa de foro.

De acordo com interlocutores da PF, a Informação de Polícia Judiciária será finalizada nesta quarta e enviada ao STF devido à presença de investigados com foro especial. O pedido tem base em relatório preliminar, encaminhado pelo BB à Advocacia-Geral da União (AGU) na sexta-feira (22), que menciona pelo menos um deputado federal.

Na segunda-feira (25), a AGU solicitou à PF investigação sobre publicações que causaram pânico e incentivaram correntistas a sacar valores e vender ações do banco. As mensagens nas redes associam o BB a sanções da Lei Magnitsky, legislação usada contra estrangeiros, citando o processamento da folha salarial de ministros do STF, entre eles Alexandre de Moraes, alvo de sanção do governo dos Estados Unidos.

Algumas postagens indicam também que o Banco do Brasil enfrentaria risco de falência. Segundo a AGU, esses conteúdos são coordenados, com o objetivo de desestabilizar o sistema financeiro. Na semana anterior, os papéis de bancos brasileiros apresentaram queda na bolsa B3, com retração mais intensa nas ações do BB, controlado majoritariamente pela União.

A AGU solicita à PF a apuração da materialidade das informações e aponta possível ligação com outras investigações em andamento no Supremo. A PF deve concluir o pedido de investigação para analisar os alvos e a extensão dos atos relacionados.

A investigação deverá verificar os impactos das publicações no mercado financeiro e eventuais responsabilidades criminais. O STF receberá o documento devido à jurisdição sobre parlamentares mencionados.

A medida reforça o monitoramento da disseminação de informações falsas que possam comprometer a estabilidade econômica e o funcionamento das instituições financeiras do país. A apuração está em andamento e a reportagem será atualizada com novos desdobramentos.

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Fonte: g1.globo.com