Mercado baixa projeção e vê inflação abaixo de 5% em 2025

Boletim Focus: pela 1ª vez desde janeiro, mercado vê estimativa de inflação de 2025 abaixo de 5% O mercado financeiro revisou para baixo, pela primeira vez desde janeiro, a projeção da inflação para o ano de 2025, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central (BC). A estimativa média dos economistas recuou de 5,05% para 4,95%, representando…
Boletim Focus: pela 1ª vez desde janeiro, mercado vê estimativa de inflação de 2025 abaixo de 5%
O mercado financeiro revisou para baixo, pela primeira vez desde janeiro, a projeção da inflação para o ano de 2025, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central (BC). A estimativa média dos economistas recuou de 5,05% para 4,95%, representando uma sinalização importante, apesar de ainda permanecer acima do teto da meta, que é de 4,5%.
Essa pesquisa foi realizada com base nas respostas de mais de 100 instituições financeiras na última semana, e também trouxe atualizações sobre expectativas para os anos seguintes. Para 2026, a projeção da inflação caiu marginalmente de 4,41% para 4,40%. Já para 2027 e 2028, as estimativas permanecem estáveis em 4% e 3,8%, respectivamente.
Sistema de metas e atuação do Banco Central
Desde o início de 2025, com a implementação do sistema de meta contínua, o objetivo do Banco Central é manter a inflação oficial, medida pelo IPCA, em torno de 3%, com um intervalo aceitável entre 1,5% e 4,5%. Neste modelo, o Banco Central ajusta a taxa básica de juros (Selic) para tentar manter a inflação dentro desse intervalo.
Essa atuação é baseada em projeções futuras, já que a Selic costuma levar de seis a 18 meses para influenciar plenamente a economia. Por isso, o BC acompanha a inflação projetada para os 12 meses seguintes — atualmente, observando o horizonte até meados de 2026.
Caso a inflação fique acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida, e o Banco Central é obrigado a enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, explicando os motivos do desvio.
Inflação acima do teto e justificativas do Banco Central
Nos seis primeiros meses de 2025, a inflação acumulada em 12 meses ultrapassou o limite máximo da meta, fixado em 4,5%, causando o descumprimento da meta e o envio da carta pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo Galípolo, os principais fatores que elevaram a inflação acima do teto foram a atividade econômica aquecida, a variação cambial, o custo da energia elétrica e eventos climáticos atípicos, que influenciaram diretamente no preço de produtos e serviços.
Impactos da inflação na população
A inflação elevada afeta o poder de compra dos brasileiros, especialmente daqueles com salários mais baixos, que muitas vezes não conseguem reajustes compatíveis com a alta nos preços. Essa desvalorização do dinheiro impacta o custo de vida no dia a dia, afetando desde alimentos até transporte e energia.
Outras projeções econômicas
Além da inflação, o Boletim Focus trouxe estimativas para o crescimento da economia, taxa básica de juros, câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros.
– Produto Interno Bruto (PIB): A expectativa para o crescimento do PIB em 2025 se manteve em 2,21%. Para 2026, a previsão foi mantida em 1,87%.
– Taxa básica de juros (Selic): O mercado projeta a Selic em 15% ao ano para o encerramento de 2025, permanecendo no atual patamar. Para 2026 e 2027, as projeções também foram mantidas em 12,50% e 10,50% ao ano, respectivamente.
– Câmbio: A cotação do dólar estimada para o fim de 2025 ficou em R$ 5,60, e para 2026, em R$ 5,70.
– Balança comercial: O superávit previsto para 2025 permanece em US$ 65 bilhões. Para 2026, houve uma pequena redução da projeção, de US$ 69 bilhões para US$ 68,4 bilhões.
– Investimento estrangeiro: A expectativa para investimentos estrangeiros diretos no país segue em US$ 70 bilhões tanto para 2025 quanto para 2026.
Conclusão
A revisão para baixo da inflação esperada em 2025, por parte do mercado financeiro, é um indicativo positivo de desaceleração da pressão inflacionária, mesmo que o número ainda esteja acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. O controle da inflação segue como prioridade para a política monetária, que continuará ajustando os juros para garantir a estabilidade econômica e a preservação do poder de compra da população.
As próximas projeções econômicas e os próximos dados oficiais serão fundamentais para acompanhar se essa tendência de queda da inflação se consolida nos próximos meses, permitindo o retorno da inflação ao centro da meta.
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Fonte: g1.globo.com