Economia

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta
  • Publisheddezembro 19, 2025

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nesta sexta-feira (19) que os sindicatos dos Correios mantenham 80% dos trabalhadores em atividade em cada unidade da empresa durante a greve iniciada na quarta-feira (16). A decisão visa garantir a continuidade dos serviços essenciais, considerando o impacto à população e o aumento na demanda pelo período de Natal.

A paralisação começou em meio às negociações sobre salários e condições de trabalho, envolvendo os sindicatos e a estatal. O TST também proibiu bloqueios à circulação de pessoas e encomendas, estabelecendo multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

A ministra Kátia Magalhães Arruda, responsável pelo julgamento, ressaltou que o direito de greve tem limites quando envolve serviços públicos considerados essenciais, como os Correios. Ela destacou que a manutenção da maior parte do efetivo é necessária para evitar prejuízos à população, principalmente no período pré-Natal, quando os serviços postais registram aumento significativo na demanda.

Apesar do movimento, 91% dos funcionários estão trabalhando normalmente, segundo comunicado da empresa. A greve atingiu ao menos nove estados, com adesão parcial e localizada em regiões como Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os Correios informaram que 24 dos 36 sindicatos representados não aderiram ao movimento, que ocorreu antes do encerramento das negociações com a mediação do próprio TST. Em audiência no dia 16, as partes concordaram em prorrogar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2025 durante as negociações, que seguem com previsão de assembleias em 23 de dezembro e assinatura do novo acordo no dia 26.

Para a ministra, a greve compromete a boa-fé nas negociações, já que havia compromisso explícito de não realizar paralisações enquanto o diálogo estivesse em curso. A decisão do TST tem caráter liminar e será analisada de forma definitiva após as defesas dos sindicatos.

Além disso, foi determinado prazo de 30 dias para complementação da ação, citação das entidades sindicais e comunicação à Procuradoria-Geral do Trabalho.

Os Correios enfrentam uma crise econômico-financeira que já dura mais de treze trimestres consecutivos. A estatal fechou 2023 com prejuízo de R$ 633 milhões, que pode chegar a R$ 10 bilhões em 2025, considerando o déficit acumulado nos primeiros nove meses do ano, de R$ 6 bilhões.

Na quinta-feira (18), o Tesouro Nacional aprovou pedido de empréstimo de R$ 12 bilhões para a estatal, parte do plano de reestruturação apresentado ao governo federal. Caso os Correios não consigam pagar as parcelas, o Tesouro garantirá a dívida. A taxa de juros foi fixada em 115% do CDI, abaixo do teto de 120% definido pelo Tesouro.

Na nota oficial, a empresa reafirmou o compromisso com o diálogo responsável, a sustentabilidade e a preservação dos empregos. A estatal informou que adotou medidas contingenciais para garantir a continuidade dos serviços essenciais durante a paralisação.

As negociações entre os Correios e os sindicatos continuam sob a mediação do TST, com expectativa de apresentação de novas propostas e definição das condições para o novo Acordo Coletivo.

Palavras-chave relacionadas: greve dos Correios, Tribunal Superior do Trabalho, TST, direitos dos trabalhadores, Acordo Coletivo de Trabalho, crise dos Correios, paralisação, serviços essenciais, negociação sindical, empréstimo Tesouro Nacional, crise financeira estatal, atuação dos sindicatos.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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