O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (18) que a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, pediu mais tempo para convencer os agricultores italianos a aprovar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. A informação foi divulgada em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília.

Durante a conversa por telefone, Meloni destacou que não se opõe ao acordo, mas enfrenta dificuldades políticas internas devido à resistência do setor agrícola italiano. Ela solicitou um prazo de até um mês para conseguir o apoio necessário para a aprovação do tratado.

Lula disse que transmitirá essa posição na próxima reunião do Mercosul, que ocorrerá no fim de semana em Foz do Iguaçu, no Paraná. O presidente informou que levará o pedido da Itália aos outros membros do bloco para decidir os próximos passos em relação ao acordo.

O acordo UE-Mercosul, que prevê redução de tarifas e abertura comercial entre as partes, ainda não foi ratificado por todos os países europeus, e a posição da Itália é considerada crucial para sua efetivação. O setor agrícola italiano tem manifestado preocupações quanto à competitividade de seus produtos frente à concorrência dos países sul-americanos.

A cúpula do Mercosul reunirá os governantes dos países-membros para debater temas econômicos e comerciais, incluindo a tramitação do acordo com a União Europeia. A expectativa é que Lula exponha o diálogo mantido com a Itália e busque alternativas para avançar nas negociações.

A União Europeia aguarda o posicionamento definitivo dos países membros para dar sequência à ratificação do acordo, que visa ampliar o comércio e a cooperação entre os dois blocos. O presidente brasileiro reafirmou a disposição de dialogar e buscar soluções que atendam aos interesses de todas as partes envolvidas.

Com a proximidade da reunião em Foz do Iguaçu, a questão do prazo solicitado pela Itália será decisiva para o caminho adotado pelo Mercosul em relação ao tratado comercial. Lula ressaltou que a paciência e o entendimento entre os países serão fundamentais para o avanço das negociações.

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Fonte: g1.globo.com