Economia

Lula mantém veto à privatização dos correios e anuncia reest

Lula mantém veto à privatização dos correios e anuncia reest
  • Publisheddezembro 18, 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (16), no Palácio do Planalto, que não há interesse em privatizar os Correios, mesmo diante da crise financeira que afeta a estatal. Lula justificou a posição destacando que a gestão da empresa pode ter sido equivocada, mas reforçou a aposta em parcerias e modelos de economia mista, sem privatização.

Durante café da manhã com jornalistas, o presidente ressaltou que, enquanto estiver no cargo, a privatização da empresa postal não será considerada. “Pode ter construção junto com empresas. Enquanto eu estiver na presidência não vai ter privatização dessas empresas, pode ter parceria, economia mista, mas privatização não vai ter”, afirmou.

Os Correios acumulam prejuízos crescentes, que passaram de R$ 633 milhões em 2023 para R$ 2,6 bilhões em 2024. No acumulado de janeiro a setembro de 2025, o déficit chegou a R$ 6 bilhões, com previsão de fechar o ano com um rombo de R$ 10 bilhões. Diante do quadro, o governo avalia medidas emergenciais para socorrer a empresa.

Entre as alternativas sob análise está um aporte financeiro direto ou um empréstimo junto a bancos, com garantia do Tesouro Nacional. Documentos obtidos pelo Jornal Nacional indicam que a direção dos Correios foi alertada há dois anos sobre o risco iminente de insolvência, mas medidas efetivas não foram tomadas a tempo para evitar a crise atual.

Lula reconheceu a importância da estatal para o país e lamentou a situação de prejuízo contínuo. Ele informou que houve troca na presidência da empresa e que a ministra Esther Dweck e o ministro Rui Costa estão envolvidos no processo de reestruturação. “Vamos tomar medidas que tivermos que tomar, mudar todos os cargos que tivermos que mudar e colocar pessoa com competência”, ressaltou o presidente.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de empréstimo aos Correios, previsto para até R$ 12 bilhões, está em análise pela equipe econômica e pode ser aprovado até sexta-feira (19). O plano inclui ajustes para minimizar o impacto fiscal, respeitando o teto de juros definido pelo Tesouro, que limita a 120% do CDI a taxa máxima para garantia dos empréstimos.

Haddad informou ainda que o governo negociou com um grupo de bancos interessados em participar do financiamento dentro dos parâmetros fiscais estabelecidos. “Fizemos uma negociação com um pool de bancos que estariam dispostos a entrar no financiamento dentro das regras estabelecidas, pré-estabelecidas, sem romper o teto”, explicou.

Em novembro, os Correios apresentaram um plano mais robusto para enfrentar a crise financeira, que inclui demissão voluntária de 15 mil funcionários, venda de imóveis e busca por empréstimo de R$ 20 bilhões. No entanto, o valor do empréstimo que pode ser aprovado nesta semana deve ser reduzido para cerca de R$ 12 bilhões, conforme o ajuste nas negociações.

O aporte financeiro e as medidas administrativas são vistas como essenciais para garantir o pagamento de salários e fornecedores, evitando o agravamento da crise operacional. O governo enfatiza que, apesar das dificuldades, a estatal continuará sob controle estatal e será reformulada para devolver a viabilidade econômica no longo prazo.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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Caio Marcio

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