Alemanha e Espanha pressionam a União Europeia para

Alemanha e Espanha pressionam a União Europeia para avançar com o acordo de livre comércio com o Mercosul nesta quinta-feira (18) durante a cúpula da UE em Bruxelas, enquanto a França continua a se opor à assinatura do tratado. O acordo, firmado politicamente no ano passado com Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai após cerca de 25 anos de negociações, enfrenta uma semana decisiva para sua ratificação.

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, defenderam que a União Europeia tome uma posição firme e siga adiante com o acordo. Eles argumentam que o tratado é estratégico para o bloco europeu diante das tensões comerciais globais atuais.

Alemanha, Espanha e países nórdicos consideram que o acordo pode aliviar o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos europeus. Além disso, ele pode reduzir a dependência da UE em relação à China ao expandir o acesso a minerais e abrir novos mercados para as exportações europeias.

Pedro Sánchez afirmou que o tratado é um passo necessário para que a Europa fortaleça seu peso geoeconômico e geopolítico. Segundo ele, a ação da UE é fundamental num momento em que seu papel global está sendo questionado por adversários e até mesmo por aliados tradicionais.

Friedrich Merz declarou que a credibilidade da política comercial da União Europeia está em jogo e que decisões precisam ser tomadas agora para manter essa credibilidade. Merz participou da cúpula focada na guerra da Ucrânia, onde também foi aprovado pelo Parlamento para se tornar o próximo chanceler da Alemanha.

Por outro lado, a França mantém resistência em relação ao acordo, motivo que tem atrasado a ratificação do tratado. O governo francês expressa preocupações ambientais e econômicas que sustentam a oposição à assinatura imediata.

O acordo de livre comércio entre a UE e o Mercosul é considerado pela maior parte dos países europeus como uma oportunidade para diversificar parcerias comerciais e fortalecer a posição da Europa frente às pressões externas. A decisão final sobre a ratificação está sendo esperada nas próximas semanas, e o tema segue em destaque nas discussões políticas europeias.

O desenrolar desse processo poderá influenciar as relações comerciais entre a União Europeia e os países sul-americanos, além de repercutir na estratégia econômica global do bloco europeu.

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Fonte: g1.globo.com