A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta quinta-feira (18) que o país está pronto para apoiar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, desde que as preocupações dos agricultores italianos sejam solucionadas. A declaração foi feita em meio à negociação do tratado, que envolve Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Meloni ressaltou que o governo italiano aguarda definições claras sobre as demandas do setor agrícola antes de avançar com a assinatura do acordo. Segundo ela, essas questões dependem de decisões da Comissão Europeia e podem ser resolvidas em curto prazo.

O acordo entre UE e Mercosul busca ampliar o comércio entre os dois blocos, com redução de tarifas e barreiras alfandegárias. No entanto, setores agrícolas de alguns países europeus, como a Itália, expressam preocupações sobre a competitividade dos produtos locais diante das importações.

Mais cedo, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a premiê italiana revelou a ele sua posição favorável ao tratado, destacando, contudo, a necessidade de tempo para construir apoio político interno entre os produtores rurais da Itália.

O posicionamento italiano é considerado fundamental para o avanço do acordo, visto que a Itália tem peso político dentro da União Europeia. A resolução das pendências relacionadas à agricultura pode desbloquear o processo ratificatório do tratado.

Representantes da Comissão Europeia devem conduzir negociações para atender às demandas agrícolas dos Estados-membros que manifestaram reservas. O objetivo é alcançar um equilíbrio que permita que o acordo beneficie todas as partes envolvidas.

Enquanto isso, os países do Mercosul aguardam um desfecho positivo para impulsionar o comércio com a Europa e fortalecer laços econômicos. O tratado prevê ganhos em setores como indústria, serviços e comércio agrícola.

O diálogo entre Itália, União Europeia e Mercosul continua, com expectativa de que as questões pendentes sejam solucionadas nos próximos meses. A assinatura formal do acordo depende da superação dessas barreiras políticas e econômicas.

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Fonte: g1.globo.com