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A dominatrix profissional Madelaine Thomas criou a empresa I

A dominatrix profissional Madelaine Thomas criou a empresa I
  • Publisheddezembro 17, 2025

A dominatrix profissional Madelaine Thomas criou a empresa Image Angel para combater o vazamento e o uso indevido de imagens íntimas, após ter suas fotos explícitas privadas divulgadas por clientes sem consentimento. Com sede no País de Gales, a empresa utiliza marcas d’água forenses invisíveis para rastrear abusadores e impedir a disseminação dessas imagens, buscando oferecer uma resposta tecnológica a um problema crescente.

Madelaine Thomas trabalhou por dez anos como dominatrix online e sofreu repetidas humilhações provocadas pelo vazamento das suas imagens por clientes. A partir dessa experiência, ela decidiu fundar a Image Angel há pouco mais de um ano, desenvolvendo uma tecnologia capaz de identificar abusadores por meio de marcas d’água digitais em imagens compartilhadas em plataformas online.

A Image Angel foi reconhecida por prêmios, incluindo o de Inovação da Cúpula de Segurança Tecnológica da organização britânica Refuge, e teve sua prática indicada como modelo pela parlamentar Baronesa Bertin em 2024. A conquista demonstra a relevância da iniciativa dentro do combate à pornografia de vingança, prática que é crime no Reino Unido, com pena de até dois anos de prisão, e sujeita a reclusão de até cinco anos no Brasil.

A tecnologia da empresa é aplicada em plataformas que oferecem compartilhamento de imagens, como redes sociais e apps de relacionamento. Cada imagem submetida à plataforma recebe uma marca d’água digital exclusiva e invisível. Caso a foto vazada seja encontrada em outro local, a marca permite identificar quem a compartilhou, viabilizando ações contra o abuso.

Até o momento, uma plataforma já adotou a tecnologia da Image Angel, e negociações estão em andamento com outras empresas. Madelaine afirma que o sistema já é usado em áreas como esportes e entretenimento, mas é uma aplicação inovadora para a proteção de imagens íntimas. Ela reforça a necessidade de testar a ferramenta em escala maior.

Thomas afirma que sua experiência como dominatrix contribuiu para o entendimento das vulnerabilidades que levam ao abuso digital. Ela não tinha conhecimentos prévios em tecnologia, mas investiu tempo em pesquisas e parcerias para criar a empresa. Para a fundadora, a proteção das imagens é uma questão de dignidade e respeito, rejeitando a ideia de que quem compartilha imagens íntimas consensualmente tenha algum tipo de culpa pelo vazamento.

Especialistas, como Kate Worthington, da Linha de Apoio sobre Pornografia de Vingança da organização britânica SWGFL, destacam a importância de iniciativas como a de Thomas. Segundo Worthington, é fundamental que a sociedade não culpabilize as vítimas e que haja múltiplas abordagens para enfrentar o abuso de gênero facilitado pela tecnologia.

A apresentadora de TV britânica Jess Davies, vítima também do vazamento de imagens íntimas na adolescência, reforça a necessidade de combater o estigma que recai sobre as pessoas afetadas. Davies alerta que, embora enviar imagens consensualmente não seja crime, distribuir essas imagens sem autorização é ilegal e merece punição.

O abuso de imagens íntimas atinge um percentual significativo da população, e iniciativas tecnológicas têm papel crucial no combate a essa forma de violência digital. A Image Angel representa um esforço inovador que se soma a outras ferramentas, como a StopNCII.org, que auxiliam na identificação e remoção de conteúdos não autorizados na internet.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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