A cantora Liniker anunciou que realizará a turnê

A cantora Liniker anunciou que realizará a turnê “Bye bye Caju” em quatro capitais brasileiras ao longo de 2026, encerrando o ciclo do álbum “Caju”, lançado em 2024. A turnê, que passará por arenas e estádios entre junho e dezembro, reflete uma tendência do mercado de shows, onde o marketing tem se tornado o principal motor para a venda de ingressos.

Nos últimos dias, outros artistas também divulgaram turnês com fortes estratégias de marketing. Diogo Nogueira anunciou a turnê “Infinito Samba” para celebrar 20 anos de carreira. O grupo Titãs retomou a turnê do álbum “Cabeça Dinossauro” (1986), e a banda Barão Vermelho confirmou uma turnê com sua formação original. Essas iniciativas evidenciam que os lançamentos de turnês são frequentemente acompanhados por comunicados estratégicos à imprensa, muitas vezes vinculados a datas comemorativas ou fatos jornalísticos criados para gerar interesse.

Mais do que a apresentação musical em si, as ações de marketing ganham destaque no mercado brasileiro de shows. As turnês são promovidas como eventos únicos e extraordinários, geralmente anunciados em momentos próximos à abertura das vendas de ingressos. Essa estratégia cria uma expectativa elevada, impulsionando a procura em mídia tradicional e redes sociais.

Na maior parte das vezes, o esforço de marketing resulta em sucesso de vendas. É comum que, pouco tempo depois do anúncio oficial, datas extras sejam adicionadas à agenda das turnês, reforçando a percepção de alta demanda. Essas “datas extras” muitas vezes já constam no planejamento inicial dos artistas, aguardando o melhor momento para divulgação.

O mercado nacional de espetáculos está ativo, mesmo com ingressos custando valores elevados. Em várias situações, os consumidores precisam se apressar para garantir entradas. Contudo, permanece a dúvida sobre a sustentabilidade desse modelo no médio e longo prazo. A questão central é se o apelo das campanhas de marketing representa uma demanda sólida e duradoura ou se configura apenas uma bolha que pode se desfazer rapidamente.

Para os artistas, a estratégia é positiva, pois garante visibilidade e retorno financeiro. Para o público, entretanto, a relação custo-benefício nem sempre é clara, especialmente quando alguns espaços para shows apresentam infraestrutura insuficiente. Além disso, nem todas as apresentações justificam o preço elevado dos ingressos, independentemente do esforço das campanhas promocionais.

Ainda assim, o setor mantém o foco em projetar otimismo e celebrar o entretenimento, sustentando a máxima conhecida no meio artístico: “there’s no business like show business”.

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Fonte: g1.globo.com