O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina cresceu

O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina cresceu 3,3% no terceiro trimestre de 2023 em relação ao segundo trimestre, informou nesta terça-feira (16) o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). A economia argentina registrou quatro trimestres consecutivos de expansão, apesar de o resultado ter ficado abaixo das projeções de analistas, que esperavam alta de 3,5%.

Na comparação anual, o crescimento foi impulsionado pelo avanço do investimento fixo bruto, além do desempenho positivo nos setores financeiro, de mineração e extração, e nas atividades de hospedagem e alimentação, detalhou o Indec em seu relatório. Ajustado sazonalmente, o PIB teve alta de 0,3% em relação ao segundo trimestre.

Economistas destacam que a economia argentina segue em recuperação após sair da recessão no final de 2022, mas o consumo doméstico e a produção industrial ainda enfrentam pressões. O desempenho do país no terceiro trimestre ocorre em um cenário de reformas econômicas promovidas pelo governo do presidente Javier Milei.

Após as eleições legislativas de meio de mandato, realizadas no fim de outubro, o partido de Milei obteve uma vitória significativa, indicando apoio à sua agenda econômica, mesmo com as medidas de austeridade adotadas. Após o pleito, os ativos argentinos apresentaram alta expressiva no mercado financeiro.

Analistas avaliam que o resultado eleitoral reflete preocupações da população com possíveis crises econômicas recorrentes no país. Há também uma percepção de maior disposição do eleitorado em conceder mais tempo para a implementação do programa de reformas do governo, apesar do aperto fiscal.

O governo projeta crescimento econômico de 5,4% para 2025, enquanto a mais recente Pesquisa de Expectativas de Mercado (REM), do Banco Central argentino, estima expansão de 4,4% para o próximo ano. A trajetória do PIB será observada de perto por investidores e especialistas, diante dos desafios internos e externos que o país enfrenta.

O Indec seguirá divulgando os dados econômicos oficiais, que servirão para monitorar a efetividade das políticas adotadas e o ritmo da recuperação econômica argentina ao longo dos próximos meses.

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Fonte: g1.globo.com