O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou na

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou na terça-feira (16) que a proposta de empréstimo aos Correios está em análise pela equipe econômica e pode alcançar R$ 12 bilhões. A avaliação do plano de reestruturação da estatal deve ser concluída até sexta-feira (19) no Ministério da Fazenda.

Haddad informou que o plano de reestruturação foi enviado ao Tesouro e está sob análise para verificar a consistência do projeto. A proposta envolve uma negociação com um grupo de bancos disposto a financiar a estatal, respeitando as regras fiscais vigentes e o teto de juros estabelecido pelo Tesouro.

Segundo o ministro, o Tesouro não aceitará garantir empréstimos com taxas superiores a 120% do CDI. A taxa máxima já foi negociada pela Fazenda, sem detalhar o valor exato, e o tamanho do empréstimo será ajustado para respeitar esses parâmetros.

Haddad descartou um aporte direto da União aos Correios neste momento. Ele reconheceu que o prazo para aprovação do empréstimo é curto, mas destacou que a equipe trabalha no projeto há semanas. A expectativa é que o financiamento seja aprovado ainda nesta semana para garantir recursos ao pagamento de funcionários e fornecedores.

Em novembro, os Correios tentaram uma proposta de empréstimo de R$ 20 bilhões junto a bancos, que acabou frustrada devido à taxa de juros proposta, de 136% do CDI. Na época, o Tesouro recusou garantir a operação por exceder o teto definido.

A estatal enfrenta dificuldades financeiras. Em 2023, o prejuízo foi de R$ 633 milhões e deverá chegar a R$ 2,6 bilhões em 2024. De janeiro a setembro de 2025, o déficit acumulado foi de R$ 6 bilhões, com previsão de fechar o ano com um resultado negativo próximo a R$ 10 bilhões.

O governo discute um plano de socorro que inclui aporte direto e empréstimos garantidos pelo Tesouro. O plano apresentado em novembro previa demissão voluntária de 15 mil funcionários, venda de imóveis e empréstimo de R$ 20 bilhões.

A proposta atual de empréstimo, com valor menor, deve ser aprovada nos próximos dias para assegurar a continuidade dos pagamentos aos funcionários e fornecedores dos Correios.

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Fonte: g1.globo.com