Os petroleiros da Petrobras iniciaram greve nacional por tempo indeterminado nesta segunda-feira (15), após rejeitar a segunda contraproposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A paralisação ocorre em todo o país, em resposta ao impasse nas negociações.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que a proposta da Petrobras não avançou em três pontos principais: solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, melhorias no plano de cargos e salários e garantias contra mecanismos de ajuste fiscal, além da defesa de um modelo de negócios que fortaleça a estatal.
Segundo a FUP, a categoria busca condições de trabalho consideradas justas, recuperação de direitos perdidos e a resolução definitiva dos equacionamentos do fundo de pensão. A entidade destacou que a greve visa garantir um ACT forte.
A paralisação começou na madrugada com a entrega das operações nas plataformas do Espírito Santo e do Norte Fluminense às equipes de contingência da Petrobras. O Terminal Aquaviário de Coari, no Amazonas, registrou adesão integral, conforme dados do sindicato.
Pela manhã, trabalhadores de seis refinarias situadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná suspenderam suas atividades sem troca de turnos. As unidades envolvidas são Regap, Reduc, Replan, Recap, Revap e Repar.
Na quinta-feira (11), aposentados e pensionistas da categoria retomaram uma vigília em frente ao Edifício Senado, sede da Petrobras no Rio de Janeiro. O grupo cobrou soluções para o déficit do fundo de pensão Petros.
As manifestações ocorrem enquanto representantes da categoria participam de reuniões em Brasília com membros do governo e da Comissão Quadripartite, responsável pelas negociações do ACT.
A FUP também criticou o volume de recursos distribuídos aos acionistas da Petrobras. Segundo o sindicato, a estatal desembolsou R$ 37,3 bilhões em dividendos nos primeiros nove meses do ano, ao passo que ofereceu um aumento real de apenas 0,5% no ACT, além de apresentar retrocessos e diferenciação salarial entre trabalhadores da holding e das subsidiárias.
A Petrobras foi procurada pelo g1 para comentar a greve, mas até o momento não se manifestou. O espaço permanece aberto para respostas da empresa.
A greve dos petroleiros tem impacto direto na operação das refinarias e plataformas, responsáveis pela produção e distribuição de combustíveis em várias regiões do país. A continuidade do movimento dependerá do progresso nas negociações entre a categoria e a empresa.
Reportagem em atualização.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com

