O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central registrou retração de 0,2% em outubro na comparação com setembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (15). Essa queda ocorreu pelo segundo mês consecutivo, refletindo a desaceleração da economia brasileira diante do cenário atual.
O IBC-Br, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve seu último crescimento mensal em agosto, quando subiu 0,4%. Em outubro, a agropecuária foi o único setor que apresentou crescimento, com alta de 3,1%. A indústria recuou 0,7% e os serviços caíram 0,2%. Na comparação anual, entre outubro de 2023 e o mesmo mês de 2024, o índice avançou 0,4%, sem ajuste sazonal.
No acumulado dos dez primeiros meses de 2024, o IBC-Br mostrou crescimento de 2,4%. Já a expansão em 12 meses até outubro chegou a 2,5%, ambos os números sem ajuste sazonal. Esses indicadores confirmam que a economia brasileira mantém crescimento moderado, porém menor do que em 2023.
O Banco Central acompanha o índice para orientar a política monetária e ajustar a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente fixada em 15% ao ano, a taxa está no maior patamar em quase 20 anos. A instituição tem indicado que os juros permanecerão elevados por um período prolongado para controlar a inflação, o que contribui para a desaceleração econômica.
Especialistas do mercado financeiro preveem crescimento do PIB em 2,25% para 2025, inferior aos 3,4% registrados no ano passado. O Banco Central avalia que o ritmo mais lento da economia é parte da estratégia para permitir a convergência da inflação à meta oficial de 3%.
No comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central afirmou que o “hiato do produto” permanece positivo, ou seja, a economia opera acima do seu potencial sem gerar pressão inflacionária adicional. Isso reforça a necessidade de manter a taxa de juros em níveis elevados.
O IBC-Br difere do PIB oficial, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o IBC-Br considera a produção dos setores agropecuário, industrial, de serviços e impostos, ele não inclui a perspectiva da demanda, que é incorporada no cálculo do IBGE. Apesar disso, o indicador do Banco Central é uma referência importante para avaliação precoce da atividade econômica.
A queda no índice em outubro reflete os efeitos das medidas monetárias adotadas para conter a inflação, além do impacto da taxa de juros elevada sobre o consumo e o investimento. O resultado reforça o cenário de desaceleração gradual da economia brasileira, apesar do crescimento de alguns setores.
A estabilidade ou redução da taxa Selic dependerá da evolução dos indicadores econômicos e da inflação nos próximos meses. A política monetária continuará sendo ajustada conforme a resposta da economia aos estímulos implementados.
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Fonte: g1.globo.com
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