O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (11) em leve queda, recuando 0,02% às 9h02, cotado a R$ 5,4674, após decisões de juros nos Estados Unidos e à espera de novos dados econômicos no Brasil. Os investidores monitoram os impactos das decisões do Federal Reserve (Fed) e do Comitê de Política Monetária (Copom), além de indicadores como a inflação de novembro e o cenário político local.
Na quarta-feira (10), o Fed reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, menor nível desde setembro de 2022. A decisão estava alinhada às expectativas do mercado, mas o banco central americano sinalizou apenas um corte para 2026, abaixo das previsões dos agentes financeiros. Isso gerou reação mista no mercado, com parte dos investidores desapontada.
No Brasil, o Copom manteve a Selic em 15% ao ano na última reunião do ano, conforme esperado pelo mercado. Agora, o foco está em projeções sobre quando devem começar os cortes nos juros, com especulação para os meses de janeiro ou março de 2025.
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,18% em novembro, segundo o IBGE, abaixo da projeção média de 0,20%. No acumulado de 12 meses, a inflação desacelerou para 4,46%, ficando dentro do teto da meta definida pelo Banco Central, de 4,5%. Em 2024, o índice acumulado está em 3,92%.
Economistas avaliam que o resultado reforça a tendência de desinflação gradual. A queda nos preços de bens industriais, influenciada por descontos da Black Friday, e a deflação na alimentação em domicílio contribuíram para conter a inflação. No entanto, serviços apresentaram alta menor que a esperada, indicando perda de fôlego no setor.
O comportamento recente da inflação favorece a percepção de estabilidade do Banco Central em manter os juros elevados por enquanto. Analistas destacam que, excluindo itens voláteis como energia e alimentação, o núcleo da inflação permanece moderado. O salto nas passagens aéreas em novembro também influenciou a alta dos serviços.
Nos mercados internacionais, Wall Street registrou alta após os cortes de juros anunciados pelo Fed. O índice Dow Jones subiu 1,05%, o S&P 500 avançou 0,68% e o Nasdaq teve ganhos de 0,33%. Na Europa, as bolsas fecharam com desempenho misto, em meio a cautela antes das decisões do Fed. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,14%, enquanto Frankfurt (DAX) e Paris (CAC 40) registraram queda.
Na Ásia, as bolsas também apresentaram resultados variados. Os índices chineses caíram pelo segundo dia consecutivo, pressionados por sinais de deflação, apesar do desempenho positivo do setor imobiliário. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,42%, enquanto Tóquio e outras praças apresentaram quedas moderadas.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu a sessão às 10h, acompanhando o cenário internacional e as decisões de políticas monetárias. Nesta semana, o dólar acumula valorização de 0,66%, enquanto o Ibovespa registra alta de 1,08%. No mês, o dólar sobe 2,50%, e o índice da bolsa manteve-se estável.
Em resumo, o mercado cambial brasileiro reage com leve queda ao cenário de juros global e dados econômicos domésticos. A expectativa pelos próximos passos do Banco Central brasileiro e os indicadores econômicos seguirão determinando os movimentos do dólar e da bolsa nos próximos dias.
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Fonte: g1.globo.com
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