O Federal Reserve (Fed) reduziu nesta quarta-feira (10)

O Federal Reserve (Fed) reduziu nesta quarta-feira (10) a taxa de juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, em resposta ao enfraquecimento do mercado de trabalho e à persistente inflação acima da meta. Essa foi a terceira redução consecutiva neste ano, refletindo preocupações econômicas internas e influenciando mercados globais, inclusive o brasileiro.
A decisão do Banco Central norte-americano segue o movimento iniciado em outubro, quando a taxa foi ajustada para entre 3,75% e 4%. O Fed justificou a medida baseado em dados recentes que mostram desaceleração na criação de empregos e leve aumento na taxa de desemprego, fatores indicativos de uma economia menos aquecida. A inflação permanece em torno de 3%, superior aos 2% almejados pela instituição.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) ressaltou que a prioridade atual é alcançar o máximo emprego, mesmo diante de incertezas nas perspectivas econômicas. O banco central avalia o contexto global e as pressões internas para ajustar sua política monetária, ponderando os efeitos de juros mais baixos no controle da inflação e no estímulo à economia.
A redução dos juros tem impactos diretos sobre o mercado financeiro internacional. Com rendimentos menores em títulos públicos norte-americanos, os investidores tendem a buscar opções em outras economias, como o Brasil, o que pode levar à valorização do real frente ao dólar. Essa dinâmica influencia as decisões do Banco Central do Brasil (BCB) sobre a taxa Selic, além de afetar o câmbio e a inflação local.
O corte nos juros ocorre em um cenário político marcado pela atuação do presidente Donald Trump, que tem pressionado por estímulos à economia por meio de taxas menores. Trump também manifestou interesse em indicar um novo presidente para o Fed, a ser escolhido até maio de 2026, com a expectativa de que o sucessor apoie a redução de juros.
A nomeação gera debate político, com diferentes candidatos cotados para o cargo, entre eles representantes do atual conselho do Fed e conselheiros econômicos da Casa Branca. A influência sobre a política monetária americana pode ser ampliada dependendo das indicações aprovadas para o conselho do banco central.
Além dos efeitos domésticos, a decisão do Fed reflete o atual momento econômico, afetado por episódios como o maior shutdown da história americana, que interrompeu a divulgação de dados fundamentais e trouxe desafios para a análise do mercado de trabalho. A volta dos dados, ainda restrita, confirma essa tendência de desaceleração.
Desde a posse de Trump em janeiro de 2017, o Fed enfrenta um contexto econômico desafiador, marcado por medidas tarifárias e tensões comerciais que impactaram o ritmo de crescimento e a estabilidade dos preços. A instituição busca equilibrar suas metas de emprego e inflação, ajustando a política monetária conforme as condições mudam.
Com a redução dos juros, o Fed espera estimular a economia e evitar um desaquecimento mais profundo, ainda que a inflação continue acima do objetivo central. A estratégia será monitorada nas próximas reuniões, com atenção aos dados de emprego e aos indicadores de preços.
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Fonte: g1.globo.com
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