O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (10), em reunião realizada em Brasília, manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano pela quarta vez consecutiva. A medida visa controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica no país diante de um cenário marcado por incertezas e pressões inflacionárias.
A decisão foi unânime entre os membros do Copom, que avaliaram que a manutenção da Selic nesse patamar prolongado é necessária para que a inflação converja para a meta estabelecida, definida em 3% ao ano, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. A autoridade monetária destacou que as atuais projeções de inflação permanecem elevadas e que as expectativas continuam desancoradas, exigindo prudência na condução da política monetária.
No comunicado oficial, o Comitê apontou que o cenário econômico apresenta resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que justifica a manutenção da taxa em nível contracionista para assegurar a convergência da inflação à meta ao longo do horizonte relevante. Além disso, o Copom ressaltou que acompanhará de perto os dados econômicos e que está aberto a ajustar a política monetária caso seja necessário.
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação e influencia diretamente o custo do crédito, o consumo e o investimento no país. Desde o início do ciclo de alta iniciado em 2021, a Selic passou de 2% para o patamar atual, buscando reduzir as pressões inflacionárias que afetam especialmente os grupos de menor renda.
Embora o mercado já esperasse a decisão, a manutenção da Selic indica que a expectativa de cortes nos juros no curto prazo foi adiada. A maioria dos economistas consultados pelo Banco Central considera improvável o início do processo de redução da taxa antes de janeiro de 2025, em função do cenário econômico ainda desafiador.
O Banco Central adota o sistema de metas para definir a política monetária. Quando as projeções de inflação se mantêm acima da meta, o Copom tende a manter ou elevar a Selic. A instituição observa que os efeitos das alterações na taxa básica de juros demoram de seis a 18 meses para se refletir integralmente na economia, por isso a decisão é orientada pelas projeções de inflação a médio e longo prazo.
Para os próximos anos, as projeções de inflação continuam acima da meta central para 2025, 2026 e 2027, o que justifica a manutenção da política monetária contracionista. Atualmente, o Banco Central já considera o impacto da política no segundo trimestre de 2027, buscando garantir que a inflação se estabilize dentro dos parâmetros estabelecidos.
Além disso, o Banco Central tem afirmado que uma desaceleração no ritmo de crescimento econômico é parte da estratégia para controlar a inflação. Uma atividade econômica mais moderada reduz pressões inflacionárias, principalmente no setor de serviços.
Na ata da última reunião do Copom, divulgada em 11 de novembro, o órgão informou que o chamado “hiato do produto” permanece positivo, indicando que a economia opera acima do seu potencial de crescimento sem gerar maior pressão inflacionária.
O Banco Central também observou que a atividade econômica doméstica continua apresentando uma trajetória de moderação no crescimento e que os indicadores recentes confirmam a redução gradual do ritmo de expansão econômica, apesar de eventuais oscilações em determinados períodos.
A atuação do Banco Central, por meio do Copom, mantém-se vigilante diante das condições econômicas para ajustar a política monetária conforme necessário, buscando equilíbrio entre a estabilidade de preços e o pleno emprego.
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Fonte: g1.globo.com
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