Forças militares dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam um navio petroleiro próximo à costa da Venezuela nesta quarta-feira (10), informou o presidente Donald Trump durante evento na Casa Branca. A ação ocorreu em meio ao aumento da presença militar americana na região do Caribe.
O nome do navio petroleiro, sua bandeira e o local exato da interceptação não foram divulgados oficialmente. Segundo Trump, a captura do navio foi realizada “por uma boa razão”, sem fornecer detalhes adicionais.
O episódio acontece no contexto de uma intensa mobilização militar dos EUA na região, que inclui o deslocamento do USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, além de caças e milhares de soldados. Washington justificou a operação como parte do combate ao tráfico de drogas.
Entretanto, o governo da Venezuela interpreta a movimentação como uma tentativa dos Estados Unidos de enfraquecer o presidente Nicolás Maduro e o regime chavista. Desde 2024, as tensões políticas e econômicas entre os dois países têm aumentado.
A notícia provocou alta nos preços do petróleo, que haviam iniciado o dia em queda. A Venezuela, membro fundador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), manteve uma exportação diária média de cerca de 900 mil barris no mês anterior.
O aumento das exportações recentes está ligado à maior demanda por nafta, utilizada pela estatal venezuelana PDVSA para diluir o petróleo cru produzido internamente. Mesmo sob forte pressão política, até então os Estados Unidos não haviam interferido diretamente no fluxo de petróleo venezuelano.
Ao longo dos últimos anos, Donald Trump tem levantado a possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela, citando a crise política e humanitária no país. No entanto, essa é a primeira ação pública confirmada que demonstra uma postura mais incisiva na região.
O USS Gerald R. Ford, que integra o reforço militar na área, é o maior e mais moderno porta-aviões da Marinha dos EUA, simbolizando o aumento da capacidade operacional americana para operações na América Latina.
Analistas acompanham o desenvolvimento da situação para avaliar os desdobramentos políticos e econômicos regionais, especialmente no que se refere à relação entre os Estados Unidos e a Venezuela.
A apreensão do navio pode aprofundar o conflito diplomático entre os dois países, já que Caracas tem condenado a presença militar americana em seu espaço marítimo e aéreo.
Até o momento, o governo dos Estados Unidos não divulgou uma nota oficial detalhando os motivos específicos da interceptação, nem a situação atual do navio apreendido.
As autoridades venezuelanas ainda não se manifestaram oficialmente sobre o episódio, e a comunidade internacional acompanha com atenção o desenrolar dos próximos passos.
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Fonte: g1.globo.com
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