Quase metade das exportações do agronegócio brasileiro para

Quase metade das exportações do agronegócio brasileiro para os Estados Unidos continuam sujeitas às tarifas adicionais impostas pelo governo americano, informou nesta terça-feira (9) Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo ela, 45% do valor exportado em 2024 permanece com o tarifaço de 40%, criado na gestão de Donald Trump.
Entre os produtos afetados estão tilápia, sebo bovino e mel, que possuem alta dependência do mercado dos EUA. Dados da CNA indicam que, em 2023, 97,4% da tilápia exportada pelo Brasil foram para os Estados Unidos. No caso do sebo bovino, essa parcela ficou em 93,6%, enquanto o mel teve 78,2% das exportações com destino aos EUA.
A aplicação das tarifas adicionais tem impacto direto nas receitas do setor. Mori destacou que, se as taxas não forem removidas, as exportações brasileiras do agronegócio para os Estados Unidos podem registrar prejuízos de até US$ 2,7 bilhões em 2025.
O tarifaço foi instituído como parte das medidas comerciais adotadas na administração Trump para proteger a indústria americana, mas mantém efeitos negativos para o agronegócio brasileiro. A remoção das tarifas é vista como um passo importante para a ampliação do comércio bilateral e para a retomada do crescimento das exportações.
Especialistas acompanham a negociação entre Brasil e Estados Unidos, já que a pandemia e as tensões comerciais globalmente fortaleceram barreiras tarifárias. O agronegócio brasileiro, principal setor exportador do país, mantém forte relação comercial com os EUA, o que torna a resolução desse impasse relevante para a economia.
Apesar dos impactos, o setor continua apostando em diversificação de mercados para reduzir dependência de um único parceiro. Entretanto, a concentração das exportações de determinados produtos nos Estados Unidos mantém o país como ator crucial para o setor.
A expectativa é que futuras rodadas de negociação comercial dialoguem sobre as tarifas para fomentar a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado externo. Caso contrário, o tarifaço pode representar um entrave para o ritmo de crescimento das exportações nas próximas safras.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com