O casal formado por Lorena (Alanis Guillen) e

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O casal formado por Lorena (Alanis Guillen) e Juquinha (Gabriela Medvedovsky), personagens da novela “Três Graças”, ganhou repercussão internacional desde o capítulo em que se conheceram, exibido em 29 de novembro. A trama brasileira conquistou fãs ao redor do mundo por meio da representação de um relacionamento homoafetivo feminino.

Apesar de o público internacional não falar português, pessoas de países como Irlanda, Canadá, Itália, Reino Unido e da Ásia Ocidental passaram a acompanhar o casal apelidado de “Loquinha”. Usuários nas redes sociais, especialmente no X, compartilham e discutem cenas da novela, ampliando o alcance do conteúdo fora do Brasil.

Um dos fatores para esse interesse é a forma como o romance é retratado, segundo a escritora americana Rachael Lippincott, autora do best-seller “A Cinco Passos de Você”. Ela criou uma conta no Globoplay para assistir à novela e afirmou ao g1 que aprecia a abordagem do relacionamento entre Lorena e Juquinha, destacando a naturalidade e a química entre as personagens.

A Globo também contribuiu para a difusão internacional ao legendar cenas do casal em inglês, italiano e espanhol. O engajamento internacionais sugere uma audiência crescente que acompanha a trama com interesse para além das fronteiras brasileiras.

Fandoms estabelecidos, que acompanham conteúdos LGBTQ+ em outras mídias, ajudaram na divulgação do casal. Grupos como as “Zeudiners” — fãs da modelo bissexual italiana Zeudi Di Palma — e os admiradores de narrativas “GL” (girls love), especialmente de produções tailandesas, interagem ativamente com as postagens e promovem a novela em suas comunidades.

Uma fã italiana traduziu as cenas para o italiano, facilitando o acesso ao conteúdo em um país que exibe o capítulo 6 horas depois do horário brasileiro. As interações nos grupos geram maior visibilidade pelo algoritmo das plataformas digitais, fazendo com que o conteúdo alcance novos públicos rapidamente.

Rachael Lippincott atribui a atração pela novela à autenticidade das personagens. Ela destacou cenas em que Lorena demonstra sentimentos ainda no início do relacionamento, apontando a naturalidade emocional como elemento raro e bem representado em produções similares.

A escritora também citou outras obras brasileiras com temática lésbica que acompanha, como a novela “Em Família” e webséries recentes. Para ela, a importância dessas histórias está na representatividade, que oferece às novas gerações a possibilidade de se verem refletidas na mídia de maneira positiva e diversa.

Para as atrizes, o sucesso internacional está vinculado ao modo como a história é desenvolvida, sem estigmas ou estereótipos. Alanis Guillen destacou o papel social e cultural da representatividade na televisão, considerando que a exposição de realidades diversas contribui para o diálogo e a aceitação em diferentes contextos.

A novela “Três Graças” e o casal “Loquinha” mostram a ampliação do alcance das narrativas LGBTQ+ brasileiras no cenário global, sinalizando uma nova fase de visibilidade e troca cultural entre públicos com interesses semelhantes, independentemente da língua ou local de origem.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

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