Trump anuncia decreto para regulamentar inteligência artific

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (8) que vai emitir uma ordem executiva para estabelecer uma regulamentação federal única sobre a inteligência artificial (IA), impedindo que os estados criem suas próprias regras. A medida visa consolidar o controle do governo federal sobre o setor, considerado estratégico para a liderança tecnológica americana.

Trump afirmou em sua rede social Truth Social que a regulação da IA não pode ser fragmentada entre os 50 estados, pois isso poderia prejudicar a competitividade dos EUA no cenário internacional. Segundo ele, a falta de uma política homogênea pode levar à estagnação do desenvolvimento da tecnologia. “Estamos superando todos os países neste momento na corrida, mas isso não vai durar muito se tivermos 50 estados, muitos deles atores negativos, envolvidos nas regras e no processo de aprovação”, escreveu.

O presidente destacou que a regulação descentralizada poderia “destruir a IA na sua infância” e afirmou que sua ordem executiva será publicada ainda esta semana. A intenção é que um único conjunto de normas guie a indústria em todo o território americano.

O governo tem justificativa na tentativa de manter a liderança dos Estados Unidos em inteligência artificial, principalmente frente à China, país que é visto como principal concorrente na área. Além disso, a IA é considerada vital para a segurança nacional e representa um dos maiores setores de investimento do país.

Apesar disso, a proposta enfrenta resistência política. No Congresso, há dúvidas expressas por parlamentares democratas e até por alguns membros do Partido Republicano sobre os impactos econômicos e sociais de uma regulação centralizada e restritiva. Eles alertam para os possíveis riscos de limitar a inovação e impactos negativos sobre o mercado de trabalho.

Advogados e especialistas também apontam desafios jurídicos para que o governo federal elimine totalmente o poder dos estados de legislar sobre a inteligência artificial. A rivalidade entre esferas de governo pode acarretar disputas legais prolongadas.

A decisão de Trump ocorre em meio a um ambiente global onde governos discutem formas de controlar a IA para garantir sua segurança e promover o desenvolvimento ético da tecnologia. A falta de um consenso mundial torna importante para os EUA definir uma estratégia unificada internamente.

A ordem executiva representa uma tentativa de o governo central impor normas que possam facilitar a inovação e a competitividade, ao mesmo tempo em que busca evitar divergências regulatórias regionais que dificultem o avanço da tecnologia.

Analistas acompanham os desdobramentos, pois a regulação federal poderá influenciar também investimentos e parcerias internacionais no setor de inteligência artificial, área que cresce rapidamente e tem impacto direto na economia e nas políticas de segurança.

Em resumo, o governo Trump pretende estabelecer um controle único sobre a regulamentação da IA para fortalecer a posição dos Estados Unidos no campo tecnológico mundial, enquanto enfrenta resistências internas e desafios jurídicos que poderão definir o futuro da política regulatória no país.

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Fonte: g1.globo.com