Frank Gehry, arquiteto canadense reconhecido internacionalme

Frank Gehry, arquiteto canadense reconhecido internacionalmente, morreu aos 96 anos na manhã desta sexta-feira em sua casa em Santa Monica, Califórnia, após uma doença respiratória. A informação foi confirmada por Meaghan Lloyd, chefe da equipe de Gehry, em comunicado à Reuters.
Gehry ganhou destaque mundial por suas criações arquitetônicas que quebravam padrões convencionais, como o Museu Guggenheim em Bilbao, Espanha, inaugurado em 1997. Suas obras eram marcadas por formas irregulares, superfícies onduladas e uso inovador de materiais, que provocavam reações variadas do público e da crítica.
Nascido Frank Owen Goldberg em Toronto, Canadá, em 1929, Gehry mudou seu sobrenome na década de 1960 para evitar o antissemitismo. Formado pela Universidade do Sul da Califórnia, passou por um período de estudos e experiências diversas, que incluíram estudos na Escola de Design de Harvard e um período no Exército dos EUA.
Sua trajetória ganhou impulso na década de 1980 com projetos que desafiavam as normas arquitetônicas, utilizando aço inoxidável e alumínio em construções que pareciam se dobrar e se mover. O projeto da reconstrução de sua própria casa em Santa Monica, em 1978, já indicava seu estilo único, ao transformar uma construção colonial usando materiais simples de forma inovadora.
O Museu Guggenheim de Bilbao, considerado por especialistas como uma obra revolucionária da arquitetura contemporânea, elevou Gehry ao status de referência mundial. O arquiteto Philip Johnson chegou a chamá-lo de “o maior arquiteto que temos”. Apesar do prestígio, Gehry rejeitava o rótulo de “starchitect” e lidava com críticas ao seu estilo ousado.
Além do Guggenheim, Gehry projetou outras obras emblemáticas como a Walt Disney Concert Hall em Los Angeles, a Dancing House em Praga e o Experience Music Project em Seattle. Em 2014, inaugurou o museu Fondation Louis Vuitton, em Paris. Em 2015, firmou parceria para a expansão do campus do Facebook em Menlo Park, Califórnia.
O arquiteto frequentemente enfrentou críticas por supostamente priorizar a forma em detrimento da função de seus edifícios. O Walt Disney Concert Hall, por exemplo, foi descrito por críticos com termos pejorativos, mas Gehry mantinha postura de resistência, valorizando o fato de seu trabalho gerar atenção e debate.
Em ocasiões, Gehry expressou opiniões contundentes sobre o cenário arquitetônico contemporâneo. Em 2014, durante premiação na Espanha, afirmou que a maior parte das construções modernas carece de senso de design e respeito. Apesar da postura crítica, ele inspirou gerações de arquitetos e artistas.
Frank Gehry recebeu o Prêmio Pritzker em 1989, considerado o Nobel da arquitetura, consolidando sua influência na área. Sua abordagem inovadora também se expandiu para o design de móveis, objetos, joias, relógios e até itens para o mundo da música e moda, incluindo um chapéu para Lady Gaga.
O bilionário francês Bernard Arnault, presidente do grupo LVMH, destacou Gehry como uma fonte viva de inspiração pelo seu talento em moldar formas e inovar nos materiais. Arnault ressaltou a importância do arquiteto para a Louis Vuitton e outras marcas do grupo.
Gehry deixa um legado marcado pela quebra de paradigmas arquitetônicos e pela busca constante por novas formas e expressões. Sua morte encerra uma trajetória que influenciou profundamente a arquitetura moderna, tornando-o uma referência mundial cujo impacto permanecerá nas obras e no pensamento arquitetônico.
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Fonte: g1.globo.com
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Fonte: g1.globo.com