Faltam três dias para a aplicação da prova discursiva do Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025, marcada para 7 de dezembro, e candidatos ainda têm dúvidas sobre o que pode zerar suas respostas nas provas discursivas. O edital estabelece regras rigorosas que, se não seguidas, resultam em nota zero, mesmo que o conteúdo esteja correto.
A banca examinadora corrige apenas o texto escrito na folha de textos definitivos, sem permitir rasuras, anotações fora do espaço indicado ou qualquer marca que possa identificar o candidato. Assinaturas, iniciais, desenhos ou números pessoais são proibidos para garantir a correção às cegas, que evita qualquer influência do avaliador sobre a identidade do autor.
O uso de caneta transparente com tinta preta é obrigatório desde o início da prova. Respostas com lápis, borracha ou tinta de outras cores não são aceitas. Rasuras que comprometam a legibilidade do texto também levam à nota zero. Além disso, o espaço delimitado para a resposta deve ser respeitado; textos escritos fora dessa área não serão corrigidos.
Outra causa de eliminação automática é a fuga completa do tema proposto, ou seja, respostas que não se relacionem com o enunciado da prova. Textos com modelos decorados, respostas prontas ou desconexas à pergunta também são desconsiderados. A estrutura do texto deve ser coerente, com introdução, desenvolvimento e conclusão contínuos; listas, frases soltas ou esquemas indicam descumprimento da proposta.
No CNU 2025, a prova discursiva será aplicada no mesmo dia para os oito blocos temáticos, variando conforme o nível do cargo. Para nível superior, os candidatos responderão duas questões discursivas de até 30 linhas cada, totalizando 45 pontos. A pontuação é dividida igualmente entre domínio do conteúdo específico e o uso da língua portuguesa.
Já para o nível intermediário, a discursiva consiste em uma redação dissertativo-argumentativa de até 30 linhas, valendo 30 pontos. Nesse caso, a avaliação é focada exclusivamente na correção da língua portuguesa, coerência, coesão e estrutura do texto. Em ambos os níveis, os temas cobrados estão baseados nos conteúdos específicos listados nos anexos do edital.
Os portões serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), com início da prova às 13h. A prova para nível superior tem duração de três horas, encerrando às 16h, enquanto a do nível intermediário dura duas horas, com término às 15h. O candidato deve permanecer pelo menos uma hora na sala e entregar o cartão de respostas e a folha de textos definitivos ao final.
A primeira fase do CNU, realizada em 5 de outubro, contou com mais de 760 mil inscritos e uma abstenção de 42,8%, índice menor que o registrado em 2024. Para reforçar a segurança, foram produzidas 36 versões da prova objetiva, e os candidatos puderam levar o caderno de questões para casa desde que permanecessem até o fim do tempo previsto.
O CNU 2025 organiza suas vagas em nove blocos temáticos, com inscrições unificadas que permitem concorrer a todas as oportunidades do bloco escolhido. Os salários variam entre R$ 4 mil e R$ 16 mil. A maior parte das vagas está em Brasília, mas também há oportunidades em outros estados.
Para a preparação, especialistas recomendam revisar os conteúdos do edital, treinar redações com limite de 30 linhas e simular a prova completa. O domínio da estrutura textual, clareza na argumentação e respeito às normas gramaticais são essenciais para evitar a eliminação automática.
Os próximos passos do CNU incluem a divulgação das notas preliminares em 23 de janeiro de 2026, o prazo para recursos nos dias 26 e 27 do mesmo mês e a publicação dos resultados definitivos, bem como das listas de classificação, em fevereiro de 2026.
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Fonte: g1.globo.com
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