Diversas cidades brasileiras são reconhecidas nacionalmente por suas plantações que geram renda, emprego e identidade cultural. O Globo Repórter desta sexta-feira (5) exibiu reportagens sobre localidades que se destacam pela produção agrícola, mostrando os reflexos na economia e no dia a dia dos moradores.
Alfredo Chaves, no Espírito Santo, é conhecido como o reino do inhame. Cerca de 600 famílias produzem aproximadamente 50 mil toneladas anuais do tubérculo no distrito de Urânia. O agricultor Jandir Gratieri detém o título de “Rei do Inhame”, conquistado após registrar a maior planta de inhame colhida dentro de uma cultivar tradicional.
Na culinária local, o inhame é utilizado em pratos típicos como a “inhamada”, um ensopado de inhame com carne seca, além de ser ingrediente em pudim, suco e sorvete.
No sertão nordestino, Petrolina (PE) se destaca como a terra da uva, graças à irrigação proporcionada pelo Rio São Francisco. As fazendas locais produzem uvas que são transformadas em suco, vinho e cachaça. A produtora rural Izanete Tedesco explica que o sabor da fruta tem um toque de tanino que equilibra o paladar.
Presidente Dutra, na Bahia, é chamada de capital mundial da pinha, também conhecida como fruta-do-conde. A cidade produz mais de 32 mil toneladas por ano e gera cerca de dois mil empregos diretos. A polinização artificial, realizada por mulheres chamadas “abelhinhas”, é fundamental para manter a produtividade e a qualidade do fruto.
Nilze Miranda, uma dessas polinizadoras, destaca que o trabalho traz não só renda, mas também benefícios pessoais.
Juazeiro (BA) é referência nacional na produção de manga e exporta a fruta para diversos continentes. A atividade agrícola, iniciada por descendentes de japoneses, sustenta cerca de 60 mil empregos na região. O produtor Mário Otsuka administra 350 hectares e ressalta o orgulho associado à agricultura local.
A manga é utilizada em pratos sofisticados e sobremesas que alcançam paladares dentro e fora do Brasil.
Em São Paulo, Atibaia ganhou o título de capital nacional do morango. O clima favorável e o avanço tecnológico garantem a qualidade da produção. Técnicas de controle biológico são empregadas para promover sustentabilidade. O morango se tornou símbolo da cidade, estando presente em festas, receitas e também no turismo rural.
Rafael Mazieiro, produtor da região, define a produção de morango como uma revolução.
Valinhos (SP) é conhecida como a capital do figo roxo. A fruta, cultivada de forma quase artesanal, contribui significativamente para a economia local e sustenta famílias há décadas. O figo é valorizado por seus nutrientes que auxiliam na digestão e saúde geral.
O manejo cuidadoso permite produção durante todo o ano, garantindo renda constante para os agricultores.
Orlando Arruda, produtor local, atribui ao cultivo do figo tudo o que possui.
Santa Maria de Jetibá, em Espírito Santo, lidera a produção nacional de gengibre orgânico. A combinação do clima e solo fértil favorece a cultura, que alcança mercados internacionais.
Estudos da USP apontam que o gengibre possui propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antibióticas, mesmo quando consumido em pequenas quantidades, como tempero ou suco.
Essas cidades exemplificam como a agricultura regional brasileira está ligada à economia local e à identidade cultural dos seus moradores. Os produtos agrícolas impactam não apenas na geração de empregos, mas também na valorização das tradições e na inovação dos mercados.
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Fonte: g1.globo.com
Imagem: s2-g1.glbimg.com
Fonte: g1.globo.com

