Economia

O rendimento médio mensal dos brasileiros atingiu R$

O rendimento médio mensal dos brasileiros atingiu R$
  • Publisheddezembro 3, 2025

O rendimento médio mensal dos brasileiros atingiu R$ 3.208 em 2024, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor é o maior desde o início da série histórica, em 2012, mas revela grandes disparidades regionais e sociais no mercado de trabalho.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, responsável pela coleta desses dados, considera todas as fontes de renda, incluindo salários, aposentadorias, pensões, aluguéis, benefícios sociais e outras entradas financeiras. Em 12 anos, o rendimento médio cresceu 9,3%, passando de R$ 2.935 em 2012 para o patamar atual.

A trajetória de evolução da renda apresentou momentos de alta e queda. Entre 2012 e 2014, os valores aumentaram até R$ 3.123. Em seguida, a recessão reduziu a média para R$ 2.997 em 2017. Desde 2020, com oscilações decorrentes da pandemia, a renda variou até alcançar o recorde em 2024, resultado da retomada econômica e reajustes salariais recentes.

No entanto, a média nacional não representa uniformidade, já que a renda varia significativamente entre os estados. O Distrito Federal lidera com rendimento médio de R$ 5.037, seguido por São Paulo, com R$ 3.884. Na parte inferior, Maranhão e Ceará registram as menores médias, R$ 2.051 e R$ 2.053, respectivamente. Esse panorama indica que a renda no DF é mais do que o dobro da registrada no Maranhão.

As diferenças regionais são explicadas, em parte, pela concentração de empregos públicos no DF e setores de alta remuneração em São Paulo, como finanças e gestão. Além das variações geográficas, as desigualdades se manifestam em critérios sociais.

Em 2024, homens receberam, em média, 27,2% mais que mulheres. Na comparação racial, pessoas brancas tiveram rendimento por hora 65,9% maior que pessoas pretas ou pardas. Entre trabalhadores com ensino superior completo, essa diferença racial chegou a 44,6%.

A nova Síntese de Indicadores Sociais (SIS) também aponta que, apesar do recorde de ocupação em 2024, com 101,3 milhões de pessoas empregadas, a participação feminina no mercado de trabalho permanece inferior à masculina. A taxa de ocupação entre mulheres foi de 49,1%, contra 68,8% no grupo dos homens.

Além disso, as mulheres enfrentam remuneração inferior quando empregadas. Em 2024, o rendimento médio feminino correspondeu a 78,6% do dos homens. Setores como serviços e comércio apresentam um gap ainda maior, com mulheres ganhando apenas 63,8% do salário masculino nesses segmentos.

Quanto à distribuição por grupos ocupacionais, o estudo do IBGE revela grande disparidade salarial. Diretores e gerentes lideram com rendimento médio de R$ 8.721 mensais, seguidos por membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (R$ 6.749) e profissionais das ciências e intelectuais (R$ 6.558). Esses cargos envolvem alta qualificação ou estabilidade no emprego.

Técnicos e profissionais de nível médio recebem em média R$ 4.148, valor 29% superior à média nacional. Já as ocupações elementares, que demandam menor qualificação, recebem em torno de R$ 1.454, menos da metade da média geral.

Grupos intermediários, como trabalhadores de serviços, vendedores do comércio (R$ 2.393), operadores de máquinas (R$ 2.657) e trabalhadores qualificados da agropecuária (R$ 2.250) têm rendimento abaixo da média nacional.

Os dados do IBGE destacam que, apesar do crescimento da renda média e da recuperação após a pandemia, persistem desigualdades significativas em renda por região, gênero, raça e tipo de ocupação, refletindo desafios estruturais no mercado de trabalho brasileiro.

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Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Caio Marcio

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