Circula nas redes sociais um vídeo que mostra

Circula nas redes sociais um vídeo que mostra policiais supostamente encontrando uma “fábrica de visualizações” de vídeos do YouTube. A cena, publicada no dia 2 de maio no X, é falsa e foi criada com o uso de inteligência artificial (IA).

No vídeo, “policiais” aparecem visitando uma casa com várias fileiras de celulares fixados nas paredes, todos conectados a carregadores. Um dos personagens aponta para os aparelhos e afirma que o local seria uma “fazenda de visualizações” para inflar artificialmente o alcance dos vídeos musicais na plataforma.

A legenda da publicação sugere que a Polícia Militar teria descoberto o esquema dentro de uma comunidade. No entanto, a qualidade do áudio e imagens, o corte repentino do vídeo, o uniforme com logo malfeito e a porta que não condiz com o ambiente levantaram suspeitas entre usuários.

Após a repercussão, o X inseriu uma nota da comunidade afirmando que o material é 100% criado por IA. A ferramenta Hive Moderation, especializada em detectar manipulações digitais, indicou 98,9% de chances de o vídeo ter sido gerado por inteligência artificial, com 99,8% de uso de IA em imagens e áudio.

O conteúdo também faz referência às chamadas “fábricas de cliques”, local ou ambiente virtual onde dispositivos eletrônicos simulam acessos e interações para inflar visualizações em redes sociais. No entanto, neste caso específico, a cena apresentada é fictícia e não retrata uma operação policial real.

Diversos usuários questionaram a veracidade do vídeo por meio do chatbot Grok, do próprio X, que confirmou a suspeita de manipulação digital. O caso reforça a necessidade de atenção e verificação do conteúdo compartilhado na internet.

Especialistas em checagem de fatos e plataformas de monitoramento digital recomendam cautela diante de vídeos que apresentam cenas improváveis e indícios claros de edição ou geração artificial.

Este episódio destaca o uso crescente de inteligência artificial para criar vídeos falsos que podem confundir o público e disseminar informações enganosas nas redes sociais.

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Fonte: g1.globo.com