As exportações brasileiras de carne de frango devem crescer em 2025, alcançando até 5,32 milhões de toneladas, segundo projeção da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgada nesta quarta-feira (3). O aumento está previsto mesmo após o impacto inicial causado pela detecção de um caso de gripe aviária em uma granja em Montenegro (RS), que levou a embargos temporários de vários países, incluindo a China.
O episódio ocorreu em maio e provocou restrições de importação que afetaram as vendas brasileiras ao exterior. Após a resolução do caso e a ausência de novas infecções, os países importadores começaram a liberar novamente as compras, o que impulsionou a recuperação das exportações. A China, um dos principais mercados para a carne de frango nacional, suspendeu o embargo em novembro, revertendo a queda prevista pela ABPA em agosto, quando a associação havia revisado para baixo suas estimativas por causa dessas proibições.
Para 2026, a ABPA projeta que as exportações podem chegar a até 5,5 milhões de toneladas de carne de frango. Além disso, a produção nacional do setor deve acompanhar essa expansão, com estimativa de até 15,3 milhões de toneladas em 2025, crescimento em relação às 14,972 milhões previstas para 2024. Em 2026, a produção de frango pode atingir 15,6 milhões de toneladas.
No segmento de carne suína, a perspectiva também é de crescimento. As exportações em 2025 devem alcançar até 1,49 milhão de toneladas, superando as 1,35 milhão previstas para 2024. A previsão para 2026 é de até 1,55 milhão de toneladas exportadas. A produção interna de carne suína está projetada para chegar a até 5,55 milhões de toneladas em 2025, contra 5,3 milhões no ano anterior, e pode alcançar 5,7 milhões de toneladas em 2026.
A associação destaca que a reversão das restrições comerciais permitiu a recuperação das vendas externas e contribuiu para a manutenção do crescimento do setor de proteína animal no país. As projeções indicam uma tendência de expansão tanto da produção quanto das exportações de carne de frango e suína nos próximos anos, mesmo diante dos desafios recentes causados pela gripe aviária.
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Fonte: g1.globo.com
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