O Tesouro Nacional rejeitou nesta terça-feira (27) a proposta de empréstimo de R$ 20 bilhões para os Correios oferecida por um consórcio de bancos, devido a uma taxa de juros considerada alta, de 136% do CDI. A proposta foi avaliada como incompatível com os parâmetros do Tesouro, que aceita taxas de até 120% do CDI para operações com garantia do governo.
O empréstimo é parte do plano de reestruturação dos Correios, que enfrentam uma crise financeira grave. A estatal projeta um prejuízo recorde para o ano que vem, estimado em até R$ 10 bilhões, valor superior em mais de R$ 7 bilhões ao registrado em 2024.
Fontes da Fazenda informaram que o governo considera o empréstimo sem risco, por contar com a garantia pública, mas ainda assim busca melhores condições de juros. Os Correios devem apresentar agora uma contraproposta aos bancos e aguardar a resposta sobre possíveis ajustes nos termos.
Segundo comunicado interno da empresa, o resultado financeiro negativo tende a se agravar, reforçando a necessidade de recursos para a reestruturação e continuidade das operações. A expectativa é que o processo de negociação com os bancos continue em breve para encontrar soluções mais adequadas.
A rejeição da primeira proposta demonstra a cautela do Tesouro Nacional em relação ao custo da dívida, mesmo diante das dificuldades financeiras da estatal. O desenrolar das conversas poderá definir a capacidade dos Correios de captar os recursos necessários para enfrentar o cenário atual.
Em resumo, o Tesouro Nacional mantém o teto para as taxas de empréstimos em 120% do CDI, rejeitando propostas acima desse limite, enquanto os Correios buscam alternativas para financiar suas operações e reduzir o impacto dos prejuízos previstos.
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Fonte: g1.globo.com
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