Pop & Arte

O cantor Alceu Valença explicou, em entrevista ao

O cantor Alceu Valença explicou, em entrevista ao
  • Publisheddezembro 1, 2025

O cantor Alceu Valença explicou, em entrevista ao podcast e videocast g1 Ouviu nesta segunda-feira (1º), que nunca se considerou um astro da MPB, apesar dos sucessos ao longo de sua carreira. Durante a conversa, ele falou sobre a passagem das suas músicas de pai para filho e a influência das plataformas de streaming na redescoberta dos seus trabalhos por novas gerações.

Valença destacou que não planeja o que acontece com suas composições, citando o caso da música “ção”, que surgiu enquanto ele tocava flauta nas ruas de Olinda. “Peguei um papel de pão, fui pra sala e escrevi aquela música na hora. Não sabia o que ia acontecer”, afirmou. Segundo ele, muitas de suas canções estavam no inconsciente dos pais e passaram para os filhos com a ajuda das plataformas digitais.

O cantor pernambucano também comentou sobre a diversidade de influências em sua música, que vai além da cultura regional. Ele comentou que sua criação foi marcada pela cultura do carnaval do Recife, mas que busca incorporar elementos da cultura africana, ameríndia e ibérica. “Faço o Brasil com coisas muito mais antigas, que estão no HD da minha memória”, disse.

Sobre as comparações com artistas internacionais, como Bob Dylan, Alceu Valença disse que essas tentativas de enquadramento não correspondem à sua realidade artística. “Querem botar tudo numa caixinha”, afirmou. Ele reforçou que sua influência é brasileira e que entende a música nordestina como um gênero que hoje pode alcançar todo o país, graças à expansão de estúdios e plataformas em várias regiões.

Em 2026, o músico vai completar 80 anos e planeja uma turnê comemorativa chamada “80 Girassóis”, que passará por dez capitais brasileiras. O show reunirá repertório de todas as fases da carreira, com grandes sucessos como “Pelas ruas que Andei”, “Belle de Jour”, “ção”, “Tropicana” e “Como Dois Animais”.

Alceu também falou sobre a parceria com Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho no projeto O Grande Encontro. Ele descartou conflitos entre os integrantes e afirmou que a saída de Zé Ramalho foi “sem brigas”, mas não garantiu que o grupo se reencontre no futuro. “Não sou produtor”, afirmou ao brincar.

Sobre a nova geração do forró, o cantor elogiou alguns artistas, mas demonstrou resistência a outros, comparando algumas músicas com o som de boate. “Tem coisa que parece que você está no meio da boate. Eu não gosto muito não”, declarou.

Ao longo da entrevista, Valença reafirmou sua postura focada no palco, dizendo que, quando está em cena, está ali para tocar, independentemente do reconhecimento ou da fama. A conversa completa está disponível em vídeo e áudio no g1, no YouTube, no TikTok e nas plataformas de podcast.

Palavras-chave para SEO: Alceu Valença, MPB, música nordestina, ção, streaming musical, 80 Girassóis, O Grande Encontro, forró, Pernambuco, carreira musical.

Fonte: g1.globo.com

Imagem: s2-g1.glbimg.com


Fonte: g1.globo.com

Written By
Vitor Souza

Leave a Reply