Marcelo Falcão lançou, em 27 de novembro de 2023, o

Marcelo Falcão lançou, em 27 de novembro de 2023, o álbum solo “O legado”, cerca de seis anos e nove meses após seu primeiro trabalho independente, “Viver (Mais leve que o ar)”. O disco reflete a conexão do cantor carioca com artistas da nova geração da música brasileira e mantém uma sonoridade urbana mesclada ao rap, rock e reggae.

“O legado” chegou ao mercado com colaborações de rappers como L7nnon, Major RD, Orochi e a cantora Cynthia Luz, que participa da faixa “Nunca esquecer você”. A produção musical ficou a cargo majoritariamente de Felipe Rodarte, com outras contribuições de produtores como Kevin Ribas.

O repertório do álbum mantém o tom motivacional já presente no trabalho anterior, com letras que abordam fé, resistência e a realidade das periferias. A abertura com “Refletir (Resista)”, parceria com Ademir Custódio e Toni Garrido, apresenta versos que reforçam mensagens de esperança, enquanto “Vitória” defende a união nas comunidades.

A influência do rap, presente em “Crença & fé”, destaca temas sociais e morais, reforçando a proposta de um manifesto frente às dificuldades cotidianas. Falcão também incorpora elementos do reggae em canções como “A neblina”, gravada com Tales de Polli, do grupo Maneva.

“O legado” inclui ainda músicas que tratam da finitude da vida e da memória, como “Saudade corrói” e “Visitantes”, que refletem sobre a transitoriedade humana. A faixa-título presta homenagem a Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., com sample de uma gravação inédita, estabelecendo um diálogo entre os dois artistas que marcaram a cena musical periférica brasileira.

Apesar das melhorias em relação ao primeiro álbum solo, “O legado” não distancia Marcelo Falcão das comparações com sua trajetória à frente do O Rappa, banda que o consagrou e possui um repertório reconhecido pela crítica e pelo público. A produção é considerada mais consistente, mas o álbum ainda apresenta limitações no desenvolvimento autoral.

Em resumo, o segundo álbum solo de Marcelo Falcão mantém o foco em temas sociais, fé e resistência, alinhados a uma sonoridade urbana que mistura rap, rock e reggae. A obra traz colaborações atuais, mas ainda luta para destacar-se plenamente como um trabalho solo independente.

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Fonte: g1.globo.com